Subprocurador vê grave descaso e pede apuração de prejuízo com funcionários e familiares

O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou, nesta quarta-feira (16), investigação sobre a contratação de funcionárias fantasmas no gabinete do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A representação, assinada pelo subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, aponta que as práticas reveladas pela Folha configuram “grave descaso com a gestão dos recursos públicos” e ferem princípios constitucionais de moralidade e eficiência.

Entre os casos, estão o de Gabriela Pagidis, que atendia em clínicas particulares enquanto recebia R$ 11,4 mil da Câmara, e o de Monique Magno, que acumulava o cargo com função pública na Prefeitura de João Pessoa. Também consta Louise Lacerda, estudante de medicina que vivia fora da Paraíba.

Segundo o MP, as funcionárias receberam R$ 112 mil apenas este ano e há indícios de favorecimento familiar: mães, tia, irmãos e primos das servidoras já fizeram parte da folha de pagamento do gabinete de Motta, inclusive simultaneamente. O subprocurador solicita a tomada de contas especial, responsabilização solidária do deputado e a possível inabilitação das servidoras para cargos públicos.

Hugo Motta anunciou a demissão de Gabriela e Monique, mas manteve silêncio sobre o emprego de parentes e as novas revelações. O MP pede, ainda, que o caso seja remetido ao Ministério Público Federal para avaliação de improbidade administrativa e que a Câmara adote medidas internas de controle.

(Fonte: redação Click100 com informações da Folha / Imagem: reprodução Agência Brasil | Marcelo Camargo)

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