Pré-candidato ao governo insiste ser o único defensor declarado de Lula nas eleições de 2026

O clima político na Paraíba seque aquecido para as eleições de 2026. Em declaração recente, direta e polêmica, o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), afirmou ser o único pré-candidato ao governo estadual que apoia abertamente o presidente Lula. Segundo ele, os demais nomes colocados até agora “ou são bolsonaristas ou são enrustidos”.

Me preocupo porque, dos pré-candidatos a governador, só eu faço uma defesa de Lula. Os demais ou são bolsonaristas ou são enrustidos e não se declaram, ficam em cima do muro”, disparou Galdino.

A fala, carregada de provocação e cálculo político, repercutiu fortemente nos bastidores de Brasília, tanto entre aliados do presidente quanto entre adversários. Núcleos ligados ao PT viram na declaração uma tentativa de Galdino de se consolidar como o nome mais fiel ao projeto de reeleição de Lula, enquanto setores da oposição interpretaram o ataque como um movimento para polarizar o debate estadual e nacional.

A declaração ocorre em meio a articulações intensas na base governista. Com a provável saída do governador João Azevêdo (PSB) para disputar o Senado, o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) deve assumir o comando do estado em abril e tende a ser candidato à reeleição. No entanto, o PP, partido de Lucas, pode apoiar uma candidatura de oposição a Lula no plano nacional, o que levanta dúvidas sobre a coerência da aliança local.

Outros nomes cotados para a disputa incluem o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e lideranças do próprio PT, que busca garantir um palanque forte para Lula na Paraíba. Em 2022, o presidente obteve 69,3% dos votos no estado, consolidando a força petista no Nordeste.

Apesar de se declarar aliado de Lula, Galdino causou desconforto entre petistas ao criticar publicamente o veto presidencial ao aumento do número de deputados federais — o que pode gerar ruído na relação com o núcleo duro do PT.

A estratégia de Galdino é clara: marcar território como o único nome com fidelidade explícita ao presidente, enquanto pressiona os demais a se posicionarem. Enquanto a frase “ou são bolsonaristas ou são enrustidos” funciona, ao final, como um gatilho político e midiático para atrair atenção para sua pré-candidatura.

(Fonte: redação Click100 com imprensa nacional / Imagem reprodução Ascom ALPB)

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