Cabedelo: MP investiga ex-prefeito e secretária por supostas fraudes médicas na pandemia

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) investiga o ex-prefeito de Cabedelo, Vitor Hugo Peixoto Castelliano, e a então secretária de saúde, Iranir Soares da Silva, pela suposta contratação de falsos médicos durante a pandemia. O inquérito civil, aberto em 10 de junho de 2025, revela indícios de irregularidades que podem caracterizar improbidade administrativa. (Confira o documento ao final desta matéria).

A gestão de Vitor Hugo (2020-2024) em Cabedelo está no centro de uma investigação do Ministério Público da Paraíba. O ex-prefeito e sua equipe são acusados de contratar profissionais sem formação médica válida durante o auge da crise da COVID-19, quando a demanda por atendimento de saúde explodiu na cidade. O inquérito civil, instaurado pelo 4º Promotor de Justiça de Cabedelo, Ronaldo José Guerra, apura se a prefeitura colocou em risco a população ao permitir que pessoas não qualificadas atuassem como médicos.

O que diz o documento

O ofício do MPPB, obtido pela nossa redação, revela que a Secretaria Municipal de Saúde, então comandada por Iranir Soares da Silva, teria fechado contratos com indivíduos sem registro no CRM ou com diplomas questionáveis. O caso veio à tona após denúncia anônima, e o MP já determinou a coleta de provas, incluindo depoimentos e documentos que comprovem as irregularidades.

Risco à população

A pandemia foi um período de extrema vulnerabilidade para os sistemas de saúde, e a falta de profissionais capacitados pode ter agravado mortes evitáveis em Cabedelo. “Se confirmado, esse caso representa uma tragédia anunciada: pessoas doentes sendo atendidas por charlatões em plena emergência sanitária”, comentou um servidor público da saúde que preferiu não se identificar.

Vitor Hugo e a defesa

Até o momento, o ex-prefeito não se manifestou publicamente sobre o caso. Seus aliados políticos afirmam, em off, que todas as contratações seguiram os trâmites legais. A defesa de Iranir Soares também não foi localizada para comentários.

Próximos passos

O MP deve ouvir testemunhas, requisitar a lista de contratados e cruzar dados com o Conselho Regional de Medicina. Se comprovadas as fraudes, os envolvidos podem responder por improbidade administrativa, com possibilidade de multas e inelegibilidade.

Expectativa

A população de Cabedelo já vive a expectativa pela conclusão das investigações. O caso promete abalar a carreira política de Vitor Hugo, que até então era cotado para disputar novas eleições.

Clique aqui e confira a íntegra do documento.

(Fonte: redação Click100 com MPPB / Inquérito Civil nº 001.2024.065124 / Imagem: Freepik Jcomp)

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