Área lateral do templo barroco é interditada após deslizamento provocado pelas chuvas em Lucena
As fortes chuvas que atingem a Grande João Pessoa desde a noite da quinta-feira (14/08) provocaram um deslizamento de terra na lateral da Igreja de Nossa Senhora da Guia, em Lucena, um dos mais importantes patrimônios religiosos da Paraíba.
Patrimônio ameaçado pelas chuvas
A madrugada da sexta-feira (15/08) foi marcada por um dos maiores volumes de chuva do ano na região metropolitana de João Pessoa. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foram registrados 218 mm em apenas 24 horas, o que representa 75% da média mensal de agosto. O impacto foi sentido em diversas localidades, incluindo Lucena, onde a Igreja de Nossa Senhora da Guia sofreu consequências diretas do temporal.
A parte lateral do terreno da igreja deslizou, levando consigo parte da calçada. Um vídeo gravado por populares mostra o momento exato do deslizamento, incluindo a queda de uma árvore próxima à encosta. A área foi imediatamente interditada por precaução.
Avaliação técnica e medidas emergenciais
A administração eclesial da igreja, em conjunto com representantes da prefeitura de Lucena, iniciou uma avaliação técnica dos danos e dos riscos à estrutura do templo. O objetivo é implementar uma solução imediata que impeça novos deslizamentos e preserve a integridade do monumento histórico.
Apesar da gravidade do incidente, a estrutura principal da igreja não foi afetada, segundo os primeiros levantamentos. No momento do deslizamento, não havia pessoas próximas à área atingida.
A importância da Igreja da Guia
Fundada em 1591 e reconstruída em 1763, a Igreja da Guia é considerada uma das mais preciosas expressões do barroco brasileiro. Tombada como patrimônio histórico, o templo possui o único altar-mor esculpido em pedra do período barroco no país. Localizada em uma colina com vista para o Rio Paraíba, a igreja atrai turistas, fiéis e estudiosos ao longo do ano.
O episódio reacende o debate sobre a preservação de bens históricos diante de eventos climáticos extremos, especialmente em regiões costeiras e de encosta.
(Fonte:redação Click100 com Paraíba21, Arquidiocese da Paraíba / Imagem: reprodução arquivo Ascom ArquidiocesePB)
Confira o vídeo abaixo publicado pelo portal Paraíba21:
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