Paraíba terá 15 campos de palma e capacitação de agricultores em nova fase do InovaPalma
Três projetos que compõem o InovaPalma, iniciativa da Sudene para o fortalecimento da cultura da palma forrageira no semiárido brasileiro, receberam R$ 1,6 milhão neste mês. A Diretoria Colegiada da Autarquia aprovou o repasse para as pesquisas de expansão de áreas de cultivo da planta, de usá-la como alternativa para alimentação de suínos e ruminantes, que estão sendo desenvolvidos em parcerias com o Instituto Nacional do Semiárido (INSA), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), respectivamente.
As pesquisas incluem o aumento de áreas de plantio, produção de farelo, alimentação de suínos, estudo de ruminantes (carne e leite) e análise em caprinos. Segundo o engenheiro agrônomo da Sudene, Aildo Sabino, coordenador do InovaPalma, eles visam aumentar a segurança para os produtores, abrir novos mercados e gerar novas fontes de receita, especialmente na região semiárida. Uma das ideias “é incentivar a produção de farelo de palma como uma commodity vegetal estratégica para o desenvolvimento socioeconômico do semiárido”.
Sobre o projeto “Produção de palma forrageira para expansão das áreas de cultivo no Semiárido brasileiro”, Aildo explica que as ações implementadas visam difundir, no âmbito das ações da Rede Palma e do Programa InovaPalma/Sudene, a cultura do vegetal em diferentes estados do Semiárido brasileiro, abrindo a possibilidade de expandir as áreas de cultivo e de diminuir a vulnerabilidade do setor agropecuário da região, além de proporcionar a melhoria da renda das famílias agricultoras.
O valor total do projeto, que será executado em 41 meses, é de R$ 2,11 milhões, dos quais R$ 1,06 milhão (primeira parcela de um total de três) foi desembolsado esse mês. Os recursos financeiros serão utilizados na instalação de 15 campos de palma forrageira; qualificação de, no mínimo, 15 produtores experimentadores para tornarem-se agentes multiplicadores; distribuição de oito milhões de cladódios-semente por ano, sendo 18 milhões durante a vigência do projeto, oriundas dos campos de multiplicação. Também está prevista a realização de capacitação de pelo menos 100 agricultores por estado onde o projeto será instalado, além da realização de 15 intercâmbios de produtores e técnicos.
Para o projeto “Palma como alternativa alimentar para suínos no Nordeste Brasileiro”, o valor total a ser passado é de, aproximadamente, R$ 892 mil, que serão aplicados na revisão da literatura sobre o uso da palma na dieta de suínos. A primeira parcela, liberada neste mês, foi de R$ 545 mil. “Serão avaliadas as características biológicas e nutricionais de diferentes genótipos de palma, compreendendo a melhor forma de utilização na nutrição de suínos, com o intuito de apresentar à sociedade um manual de recomendações do uso da palma na alimentação de suínos nas diversas fases de produção”, informa Aildo. O convênio prevê, ainda, seleção de uma equipe de bolsistas para participar do estudo; publicação de resumos e artigos científicos; elaboração de relatórios de acompanhamento semestrais e do relatório final.
Além desses dois repasses, a Sudene destinou cerca de R$ 56 mil referente a um convênio com a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com participação da Fundação Apolônio Salles de Desenvolvimento Educacional (FADURPE), também voltado para a área de pesquisa, desenvolvimento e inovação, sendo para alimentação de animais ruminantes. Aildo explica que “todos os projetos estão em fase de contratação e preparação para execução, com foco em subcontratações e compras”. Eles fazem parte do Programa InovaPalma, que disponibiliza R$ 7,5 milhões, provenientes do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE), a serem investidos em pesquisas e incremento na produção da palma forrageira, fortalecendo a cadeia produtiva do vegetal nos 11 estados da área de atuação da Autarquia. (Fonte e foto: Sudene | Elvis Aleluia)
