CRM-PB e SIMED convocam reunião para discutir segurança e punição rigorosa aos agressores

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) e o Sindicato dos Médicos da Paraíba (SIMED-PB) convocaram autoridades estaduais e municipais para uma reunião emergencial nesta quinta-feira (4/9), às 10h, com o objetivo de discutir medidas concretas de segurança para profissionais da saúde. O encontro ocorre após o registro de quatro episódios de agressão em unidades públicas de João Pessoa, Bayeux e Patos apenas no mês de agosto.

Aumento preocupante da violência

Os casos recentes acenderam um alerta sobre a vulnerabilidade de médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde em ambientes hospitalares e unidades básicas. Segundo o presidente do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza, os ataques refletem falhas sistêmicas e não devem recair sobre os trabalhadores:

“Quando a violência chega ao médico, ela já atingiu outros trabalhadores da área, como maqueiros, recepcionistas, técnicos de enfermagem. A população precisa apoiar o seu médico, fazer dele um aliado e não responsabilizá-lo pelas falhas no atendimento”, afirmou.

A reunião contará com representantes da Secretaria de Segurança da Paraíba, Guarda Municipal de João Pessoa, Ministério Público, secretarias estadual e municipal de saúde, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal e COSEMS-PB.

Medidas legais e resolução nacional

Na terça-feira (2/9), o Conselho Federal de Medicina publicou a Resolução nº 2.444/25 no Diário Oficial da União, estabelecendo diretrizes para conter agressões em unidades de saúde. Entre as exigências estão:

  • Controle de acesso às unidades
  • Videomonitoramento em áreas comuns
  • Protocolos de resposta imediata
  • Obrigatoriedade de notificação ao CRM, à polícia e ao Ministério Público

A norma, de acordo com informações obtidas pela redação do Click100, reforça a responsabilidade dos diretores técnicos em comunicar qualquer ocorrência de violência, ampliando a rede de proteção institucional.

Próximos passos

A mobilização das entidades médicas e autoridades públicas busca não apenas conter os episódios de violência, mas também estabelecer um protocolo estadual de prevenção e responsabilização. A expectativa é que a reunião resulte em ações coordenadas entre segurança pública e gestão hospitalar, com foco em garantir ambientes seguros para atendimento à população. (Foto: Freepik Krakenimages)

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