Partido reafirma aliança com prefeito e mira protagonismo nas Eleições 2026
A crise política entre o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), e o governador João Azevêdo (PSB) ganhou novos contornos nesta quinta-feira (11/09), após o Republicanos sinalizar que manterá seu apoio à gestão municipal, mesmo diante do rompimento com a base governista estadual. A decisão da legenda reforça a intenção de seguir ao lado de Cícero com vistas às Eleições 2026.
Segundo apuração do jornalista Gutemberg Cardoso, divulgada no programa Paraíba Agora, da rádio POP-FM, o desgaste entre os líderes se intensificou após declarações do secretário de Estado Tibério Limeira, que fez críticas públicas ao prefeito. As falas geraram desconforto não apenas em Cícero, mas também dentro do próprio PSB, onde parlamentares consideraram inadequado o posicionamento do secretário.
Em resposta à crise, o Progressistas (PP), partido de Cícero, anunciou a entrega dos cargos que ocupava na gestão estadual. A maioria dos indicados ligados à sigla já deixou suas funções na prefeitura.
Republicanos aposta na continuidade e estabilidade
Na contramão do PP, o Republicanos — outro aliado estratégico da administração municipal — decidiu não abrir mão dos espaços conquistados. De acordo com Gutemberg, lideranças do partido reafirmaram o compromisso com Cícero Lucena e descartaram qualquer movimento de ruptura.
A decisão é vista como uma tentativa de preservar a governabilidade e garantir protagonismo político nas articulações para 2026. “O Republicanos não pretende sair da base do prefeito. A legenda continuará ao lado de Cícero”, afirmou o jornalista.
Implicações políticas e jurídicas
A manutenção da aliança entre Republicanos e Cícero Lucena pode influenciar diretamente a composição das chapas para as próximas eleições municipais e estaduais. Com o afastamento do PP da base de João Azevêdo, abre-se espaço para novas coalizões e rearranjos partidários.
Especialistas avaliam que, embora o cenário atual seja de tensão, ainda há margem para reconstrução da unidade governista. A mais de um ano do pleito, lideranças acreditam na possibilidade de reaproximação entre os grupos, evitando um rompimento definitivo. (Foto: reprodução redes sociais)