Influenciadores são acusados de crimes sexuais contra menores e danos morais coletivos

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) apresentou denúncia criminal contra os influenciadores Hytalo Santos e Israel Novaes, acusando-os de crimes graves contra crianças e adolescentes. Além da condenação penal, o órgão requer que os réus paguem R$ 10 milhões por danos morais coletivos, em razão da violação de direitos fundamentais e da dignidade humana.

A denúncia, segundo a Ascom do MPPB, foi protocolada nesta segunda-feira (15/09), pela 2ª Vara Mista de Bayeux, com base em investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil da Paraíba, o Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Laboratório de Operações Cibernéticas do Ministério da Justiça.

Segundo o MPPB, os acusados mantinham um esquema estruturado e premeditado de exploração sexual de menores, utilizando promessas de fama e vantagens materiais para atrair vítimas em situação de vulnerabilidade. O objetivo era controlar a liberdade e a vida íntima dos adolescentes, com fins de monetização digital e engajamento em redes sociais.

A denúncia inclui três crimes:

  • Tráfico de pessoas (art. 149-A do Código Penal)
  • Produção de material pornográfico infantil (art. 240 do ECA)
  • Favorecimento da prostituição ou exploração sexual de vulnerável (art. 218-B do Código Penal)

As investigações revelaram que os réus submetiam os adolescentes a procedimentos estéticos e tatuagens de cunho sexualizado, além de exercerem rígido controle sobre suas rotinas e meios de comunicação.

“A responsabilização penal é essencial para o enfrentamento de crimes que se utilizam da tecnologia e das redes sociais como instrumentos de exploração de vulneráveis”, afirmou o MPPB em nota oficial.

O pedido de indenização de R$ 10 milhões por danos morais coletivos considera o impacto social das práticas denunciadas e busca reparar a ofensa à infância e juventude.

A denúncia será analisada pelo Poder Judiciário. Os réus estão presos preventivamente desde agosto e foram transferidos para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, em João Pessoa. (Foto de capa: reprodução redes sociais)

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