Articulador do governo Lula é temido por apadrinhados que temem perder cargos estratégicos
Fábio Maia, atual diretor de Articulação Governamental da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), tem sido apontado como o paraibano mais temido nos bastidores de Brasília. Responsável por comunicar exonerações de indicados políticos que não apoiam o governo em votações-chave, Maia se tornou figura central na estratégia de fidelização da base aliada do Palácio do Planalto.
Desde que assumiu o cargo no fim de maio, com o aval do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), também paraibano, Fábio Maia passou a integrar o núcleo duro da articulação política do governo federal. Sua missão: garantir que os parlamentares da base aliada mantenham alinhamento com o Planalto — sob pena de perderem os cargos que indicaram em órgãos federais.
Segundo fontes ouvidas pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, nos corredores do Congresso, políticos do Centrão têm evitado ao máximo receber ligações ou mensagens de WhatsApp de Maia. O motivo é claro: ele é o responsável por comunicar cortes de nomeações quando há infidelidade em votações estratégicas.
Histórico e ascensão de Maia
Antes de chegar à SRI, Fábio Maia ocupava o cargo de coordenador de Políticas Remuneratórias no Ministério da Saúde. Sua trajetória no serviço público é marcada por discrição e eficiência, características que o tornaram uma escolha de confiança da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann.
A atuação de Maia é vista como parte de uma estratégia mais ampla do governo Lula para consolidar sua base no Congresso, especialmente em votações que envolvem reformas, medidas fiscais e projetos de impacto orçamentário.
Nome técnico e disciplinador
A presença de um nome técnico e disciplinador como Fábio Maia na linha de frente da articulação política reforça o recado do governo: fidelidade tem peso, e a ocupação de cargos públicos está diretamente vinculada ao compromisso com a agenda do Executivo.
Embora não seja um nome midiático, Maia exerce influência silenciosa e eficaz, o que o torna uma figura-chave no xadrez político de Brasília — e, para muitos parlamentares, um emissário de más notícias. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução arquivo PSB)
