Pré-candidato fala sobre alianças, oposição dividida e investigação contra o prefeito de João Pessoa

O presidente estadual do PSD, Pedro Cunha Lima, reafirmou sua pré-candidatura ao governo da Paraíba em 2026 e sinalizou abertura para compor uma chapa com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB). A declaração foi feita durante entrevista à CBN Paraíba nesta terça-feira (29/10), em meio ao cenário de fragmentação das oposições no estado.

“Me coloco como pré-candidato. Acredito que quem tem que juntar todo mundo em uma candidatura só é o governo. Na oposição, numa eleição de dois turnos, é natural existirem mais de uma candidatura. Mas existe um trabalho para que nos leve para a disputa mais competitiva possível”, afirmou Pedro.

Apesar de manter seu nome como opção, o ex-deputado não descarta apoiar outro nome ou integrar uma chapa de consenso. Ele também já descartou qualquer possibilidade de disputar cargos legislativos.

Fragmentação da oposição e diálogo com rivais

Pedro Cunha Lima saiu fortalecido do segundo turno das eleições de 2022, quando perdeu para o atual governador João Azevêdo (PSB) por pouco mais de 116 mil votos. No entanto, nos últimos meses, a unidade das oposições se desfez: Efraim Filho (União Brasil) se aproximou do PL de Bolsonaro e Veneziano Vital do Rêgo (MDB) articulou a filiação de Cícero Lucena ao MDB, também com vistas à disputa estadual.

Mesmo diante da divisão, Pedro afirmou que mantém diálogo aberto com ambos os pré-candidatos. “O diálogo está aberto com Cícero e Efraim. Tenho mantido a pré-candidatura como opção. Se minha contribuição for manter a candidatura para fazer um debate, o que eu garanto é que vou estar junto das oposições no segundo turno”, disse.

Investigação contra Cícero Lucena

Questionado sobre a investigação autorizada pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), que determinou à Polícia Federal apurar suspeitas de ligação de Cícero Lucena com uma facção criminosa durante as eleições municipais de 2024, Pedro defendeu o andamento das apurações.

“Todo político precisa ser fiscalizado, investigado e responsabilizado, independentemente do lado do palanque. O que eu espero dessa investigação é o mesmo que espero em qualquer outro caso — como na Calvário: que toda apuração aconteça e, no final, haja a devida responsabilização de cada um”, afirmou.

A fala reforça o compromisso com a transparência e a legalidade, mesmo diante de possíveis alianças políticas. A íntegra da entrevista está disponível no site da CBN Paraíba. (Texto: Click100 / Imagem de capa: reprodução internet)

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