João Pessoa e Campina Grande somam 163 vítimas de acidentes com motocicletas em 72 horas

Os dois principais hospitais de trauma da Paraíba — em João Pessoa e Campina Grande — registraram, juntos, 163 atendimentos a vítimas de acidentes de moto durante o último fim de semana. O dado acende um alerta sobre a pressão contínua que esse tipo de ocorrência impõe ao sistema público de saúde do estado.

No Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, foram contabilizados 83 atendimentos por acidentes com motocicletas entre a 0h da sexta-feira (31/10) e as 23h59 do domingo (2/11). Já o Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, registrou 80 casos entre sábado (1º/11) e domingo (2/11).

Acidentes de moto superam outros tipos de trauma

Em ambas as unidades, os acidentes com motociclistas ficaram atrás apenas das quedas como principal causa de entrada nas emergências. Em João Pessoa, as quedas lideraram com 131 casos, seguidas pelos acidentes de moto (83). Em Campina Grande, foram 114 quedas e 80 acidentes com motociclistas.

Além disso, os hospitais registraram casos de agressões físicas, queimaduras, atropelamentos, acidentes com automóveis e ferimentos por armas de fogo e armas brancas. No total, João Pessoa realizou 747 atendimentos no período, enquanto Campina Grande atendeu 519 pessoas.

Perfil das vítimas e impacto regional

A maior parte dos atendimentos foi de pessoas entre 19 e 59 anos — faixa etária economicamente ativa — o que amplia os impactos sociais e econômicos desses acidentes. Em João Pessoa, 434 pacientes estavam nessa faixa. Em Campina Grande, 309 dos atendimentos foram em homens, o que reforça o perfil predominante das vítimas de acidentes motociclísticos.

O Hospital de Trauma de Campina Grande é referência em traumatologia e ortopedia para 203 municípios paraibanos, cobrindo uma população de cerca de 2 milhões de pessoas. A alta demanda por acidentes de moto compromete a capacidade de resposta a outras urgências médicas.

Sobrecarga hospitalar

O volume de atendimentos reforça a necessidade de políticas públicas voltadas à prevenção de acidentes, fiscalização de trânsito e educação para o uso seguro de motocicletas. A sobrecarga hospitalar também levanta discussões sobre a responsabilização de condutores e a destinação de recursos públicos para o tratamento de traumas evitáveis. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: Freepik)

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