IBGE revela os nomes femininos mais comuns na Paraíba; ranking traz surpresas e padrões históricos
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (04/11) a nova edição do projeto “Nomes no Brasil”, com dados atualizados do Censo Demográfico 2022. A pesquisa revela que o nome “Maria” continua sendo o mais comum entre as mulheres na Paraíba, com impressionantes 442.358 registros — quase cinco vezes mais que o segundo colocado, “Ana”, com 82.911. Em terceiro lugar aparece “Josefa”, com 27.669 registros.
A atualização do levantamento traz uma novidade importante: pela primeira vez, o IBGE incluiu os sobrenomes na base de dados, permitindo análises mais completas sobre a identidade civil da população brasileira.
“Agora que temos a real dimensão do grande interesse da sociedade por dados sobre nomes, quisemos não só atualizar o site com dados do censo mais recente, como acrescentar mais dimensões para se explorar”, afirmou Rodrigo Almeida Rego, gerente de Inovação e Desenvolvimento no IBGE e responsável pelo projeto.
Como funciona a base de dados
A plataforma interativa “Nomes no Brasil” permite ao usuário consultar nomes e sobrenomes por gênero, década de nascimento, letra inicial e localidade — seja Brasil, estados ou municípios. Ao clicar em um nome, é possível visualizar:
- Número total de registros
- Distribuição geográfica por estado e município
- Linha do tempo com frequência por década
- Idade mediana das pessoas com aquele nome
Além disso, o sistema respeita o sigilo estatístico: nomes com menos de 20 ocorrências no país ou baixa incidência por localidade podem ter dados ocultos para evitar identificação de indivíduos.
O que os dados revelam sobre a Paraíba
A predominância do nome “Maria” na Paraíba reflete uma tendência nacional, mas com proporções ainda mais acentuadas. O estado concentra uma das maiores incidências do nome no país. A força cultural e religiosa do nome, associado à figura bíblica da Virgem Maria, ajuda a explicar sua popularidade histórica.
A presença de “Josefa” no top 3 também chama atenção, pois é um nome com forte tradição nordestina, mas que tem perdido espaço em outras regiões do Brasil. A manutenção desse nome entre os mais frequentes na Paraíba pode indicar uma resistência cultural à substituição por nomes mais modernos ou estrangeirizados.
Implicações para políticas públicas e aplicação de leis
O levantamento do IBGE não é apenas uma curiosidade estatística. Ele tem implicações diretas para políticas públicas, estudos demográficos, planejamento urbano e até mesmo para a aplicação de leis. Conhecer os nomes mais comuns por região pode auxiliar em:
- Identificação de homônimos em bancos de dados públicos
- Planejamento de campanhas de saúde e educação com linguagem personalizada
- Estudos sobre envelhecimento populacional com base na idade mediana dos nomes
Além disso, o cruzamento entre nomes e sobrenomes pode ser útil para análises de mobilidade social, herança cultural e distribuição étnica.
Curiosidades e comparações regionais
Embora o foco da pesquisa seja nacional, o IBGE destacou algumas curiosidades locais. Em cidades como Morrinhos (CE) e Bela Cruz (CE), mais de 22% da população se chama Maria. Já em Buriti dos Montes (PI), 1 em cada 10 habitantes se chama Antonio. Entre os sobrenomes, “Silva” lidera em Alagoas e Pernambuco, presente em mais de um terço da população.
Acesse e explore os dados
A base completa está disponível no site oficial do IBGE, com filtros por estado, município, década e gênero. A ferramenta é gratuita e aberta ao público, com visualização em mapas, gráficos e tabelas.
Se você atua com direito civil, políticas públicas ou simplesmente tem interesse em dados demográficos, vale a pena explorar o “Nomes no Brasil” e entender como a identidade da população se transforma — ou se mantém — ao longo das décadas.(Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução Agência Brasil | Marcelo Casal Jr.)
Clique aqui e acesse a íntegra do levantamento realizado no país exposto no site do IBGE
Confira imagem:

