Estado registra alta em uniões consensuais e queda nos casamentos formais, aponta IBGE
A Paraíba acompanha uma tendência nacional de transformação nas estruturas familiares e nas formas de união conjugal. Segundo os resultados preliminares do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo IBGE, o estado registrou crescimento nas uniões consensuais e redução nos casamentos formais, além de mudanças significativas na composição das famílias.
De acordo com os dados do IBGE, 40,1% das pessoas com 10 anos ou mais na Paraíba viviam em união consensual em 2022 — um aumento em relação aos 36,2% registrados em 2010. Por outro lado, os casamentos civis e religiosos apresentaram queda, refletindo uma mudança cultural e jurídica no modo como os paraibanos constituem suas famílias.
A estrutura familiar também se diversificou. O estado contabilizou 18,8% de pessoas que não viviam em união conjugal, mas já viveram em uma. O dado representa um crescimento de 4,1 pontos percentuais em pouco mais de 10 anos (2010 – 2022).
Outro dado relevante é o crescimento das unidades domésticas unipessoais: 6.837.335 eram chefiadas por homens e 6.783.509 por mulheres no Brasil, totalizando mais de 13 milhões. Na Paraíba, esse modelo também se expandiu, refletindo maior individualização dos arranjos familiares.
“A identificação de famílias conviventes e unipessoais é essencial para entender os novos contornos da parentalidade e da conjugalidade no país”, destaca o relatório técnico do IBGE.
Revisão de políticas públicas
As mudanças observadas têm implicações diretas na aplicação de leis relacionadas ao direito civil, previdenciário e sucessório. A predominância de uniões consensuais exige atenção dos operadores do direito quanto à formalização de vínculos, guarda de filhos, divisão de bens e acesso a benefícios sociais.
Além disso, o aumento de famílias conviventes pode demandar revisão de políticas públicas voltadas à moradia, saúde e educação, considerando múltiplos núcleos em um mesmo domicílio. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: Freepik)
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