Setor concentra 40% da força industrial e soma quase 6 mil obras ativas no estado

A construção civil na Paraíba emprega atualmente 57.041 trabalhadores, o que representa 40% da força de trabalho da indústria no estado. Com salário médio de R$ 2.492,37 e mais de 6.800 empresas ativas, o setor se consolida como um dos principais motores da economia paraibana, segundo dados do RAIS 2023 e do Observatório da Indústria.

Obras e trabalhadores em atividade

O levantamento do Sinduscon-PB, conforme checou a redação Click100, revela que João Pessoa lidera em número de trabalhadores ativos (34.052), seguida por Campina Grande (5.769), Cabedelo (3.740), Cajazeiras (3.093) e Patos (1.296). Curiosamente, Cajazeiras apresenta a maior remuneração média: R$ 3.450,41.

Em termos de estabelecimentos, João Pessoa também ocupa o topo com 3.200 empresas, seguida por Campina Grande (1.050) e Cabedelo (391). A maioria das indústrias da construção civil é de pequeno porte: 6.340 são microempresas, enquanto apenas 6 são classificadas como grandes.

O estado contabiliza 5.894 obras ativas, sendo 1.518 em João Pessoa e 553 em Campina Grande. Nos últimos 120 dias, foram iniciadas 780 novas obras. Entre 2020 e 2025, 11.565 obras foram finalizadas, com duração média de 14 a 22 meses, dependendo do tipo de serviço.

“A construção civil é um dos pilares da economia paraibana, com forte impacto na geração de empregos e na urbanização das cidades”, destaca o relatório do Observatório da Indústria.

Além disso, há 173 obras paralisadas e 59 suspensas, o que levanta questões sobre planejamento, financiamento e segurança jurídica. A maioria das obras é conduzida por pessoas jurídicas construtoras (2.800), seguidas por donos de obra (1.992) e incorporadores (426).

Regularização

Os dados evidenciam a necessidade de políticas públicas voltadas à regularização fundiária, fiscalização de contratos e incentivo à retomada de obras paralisadas. Para operadores do direito, o volume de obras e a diversidade de responsáveis exigem atenção à legislação urbanística, trabalhista e contratual.

A predominância de microempresas também reforça o papel da simplificação tributária e do acesso ao crédito como instrumentos de fortalecimento do setor. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: Freepik)

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