João Pessoa recebe investimento federal para transformar comunidade com soluções verdes e inclusão
A Paraíba foi destaque na COP30 com o anúncio de um projeto de justiça climática no Porto do Capim, em João Pessoa. A iniciativa, selecionada pelo programa federal Periferia Viva, receberá R$ 2,5 milhões para implementar soluções baseadas na natureza (SBN) e promover inclusão social e ambiental em uma das comunidades mais vulneráveis da capital paraibana.
O projeto é coordenado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento Paraíba (IAB-PB) e integra o edital “Periferias Verdes Resilientes”, lançado pela Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades. A proposta prevê um planejamento participativo com diagnóstico integrado do território e mobilização comunitária.
Entre as ações previstas estão:
- Implantação de jardins de chuva, canteiros drenantes, barreiras vegetais e biovaletas
- Criação de áreas de sombreamento e hortas comunitárias
- Combinação de mão de obra técnica especializada com mutirões comunitários
O objetivo, de acordo com a informação divulgada na noite da segunda-feira (10/11), é reduzir riscos de alagamentos, mitigar efeitos das altas temperaturas e promover qualidade de vida com base em infraestrutura verde e participação social.
“A proposta é implementar um arranjo de SBN que transforme o território com protagonismo da própria comunidade”, destacou o secretário nacional de Periferias, Guilherme Simões.
O projeto paraibano foi um dos dois selecionados nacionalmente e apresentado durante o painel “Periferias e Justiça Climática: desafios e inovações”, na COP30, em Belém (PA). O evento contou com a presença do ministro das Cidades, Jader Filho, e representantes do WRI (World Resources Institute), ONU e Sebrae.
“Quem primeiro sofre com eventos climáticos extremos são as pessoas mais pobres, e o Brasil precisa protegê-las”, afirmou o ministro Jader Filho.
Periferia Viva
A iniciativa se insere no escopo do programa Periferia Viva, lançado em 2024, que visa integrar políticas públicas de urbanização, regularização fundiária e adaptação climática em comunidades vulneráveis. Segundo o IBGE, cerca de 16 milhões de brasileiros vivem em 12.348 comunidades urbanas — 8% da população nacional.
O reconhecimento do projeto paraibano como modelo de justiça climática urbana reforça a importância de políticas públicas que combinem planejamento urbano, legislação ambiental e participação social. A experiência do Porto do Capim poderá servir de referência para outras cidades brasileiras e países do sul global. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: divulgação Ascom MinC | Elisa Andrade Lima)
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