Ferramenta permitirá localizar vítimas de violência com rapidez e precisão

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) anunciou uma cooperação técnica com a Uber e o Centro Integrado de Operações da Polícia Militar (Ciop) para implementar um sistema de localização em tempo real de mulheres vítimas de violência. A iniciativa reforça o compromisso da instituição com a proteção feminina e será formalizada na próxima segunda-feira (17/11), em João Pessoa.

Foco na proteção das mulheres

A medida foi articulada após a Ouvidoria do MPPB receber uma denúncia sobre insegurança de mulheres em transportes por aplicativo. A promotora de Justiça Dulcerita Alves, coordenadora do CAO Mulheres, explicou que o caso levou à instauração do Procedimento 001.2024.029903 e à mobilização de órgãos estaduais e federais.

“Por se tratar de uma empresa com atuação nacional e até internacional, tivemos que acionar o Ministério Público Federal, que desde sempre se mostrou muito diligente para atuar nessa causa”, afirmou Dulcerita.

O sistema permitirá que, em situações de emergência, a localização da vítima seja compartilhada com o Ciop, facilitando a resposta imediata das forças de segurança. A funcionalidade já existe no Rio de Janeiro e será adaptada para a Paraíba por meio de um botão de segurança no aplicativo da Uber.

“Essa ferramenta será importante para a segurança de todos, principalmente das mulheres, que são as principais vítimas de assédio e violência sexual e física”, destacou Dulcerita Alves.

Implicações e próximos passos

A cooperação técnica representa um avanço na integração entre tecnologia e segurança pública, com foco direto na proteção de mulheres em situação de risco. A iniciativa será oficializada em solenidade na Procuradoria-Geral de Justiça, com presença de autoridades como o procurador-geral Leonardo Quintans, o governador João Azevedo Lins, representantes do MPF/PB e da senadora Daniella Ribeiro.

Além da assinatura da cooperação, o evento marcará o lançamento do programa “Antes que Aconteça”, o projeto “Banco Vermelho” — símbolo de resistência contra o feminicídio — e a exposição “Mulheres Invisibilizadas”.

“São medidas em várias frentes, tanto na área civil como na criminal, no sentido de ampliar a proteção à mulher no Estado”, afirmou o procurador-geral Leonardo Quintans. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: Freepik)

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