Relatório preliminar de lesões no pescoço; exame toxicológico sai em até 45 dias

O Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba confirmou na terça-feira (12/02) que o jovem Gerson de Melo Machado, de 19 anos, morreu em decorrência de hemorragia causada por lesões em vasos do pescoço após ser atacado por uma leoa no Parque Zoobotânico Arruda Câmara, em João Pessoa. O laudo preliminar foi divulgado enquanto o exame toxicológico complementar segue em andamento, com prazo de até 45 dias para conclusão.

Detalhes do laudo preliminar

Segundo o relatório, os ferimentos fatais ocorreram na região do pescoço, apesar de imagens mostrarem o ataque inicial nas pernas. O corpo apresentava marcas de garras e mordidas, mas não houve ocorrência de partes da vítima.

Exame complementar e prazo legal

O IPC informou que o laudo completo ainda não está concluído e que foi solicitado exame toxicológico para verificar possíveis substâncias no organismo do jovem. O resultado deverá ser finalizado em até 45 dias, conforme protocolo técnico.

Contexto e vulnerabilidade social

Gerson tinha deficiência intelectual e transtornos mentais, sendo acompanhado de forma intermitente pelo conselho tutelar por quase uma década. Profissionais dizendo que falavam frequentemente sobre “cuidar de leões na África”, demonstrando fixação pelo tema.

Situação da Leoa e medidas adotadas

De acordo com o Parque Zoobotânico, a Leoa Leona ficou “estressada e em choque” durante o ataque, mas respondeu aos comandos dos tratadores e retornou ao recinto sem necessidade de tranquilizantes. O animal não será sacrificado e permanecerá sob acompanhamento técnico.

Zoológico fechado e investigações em curso

O parque, administrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), permanece fechado para visitação. Equipes da Polícia Civil, Ibama, Sudema, guarda municipal e conselho estadual de veterinária já realizaram inspeções no local. Em nota, a direção classificou o episódio como “incidente absolutamente imprevisível” e garantiu que todos os órgãos trabalham “para garantir transparência, segurança e os encaminhamentos necessários”.

Possíveis Implicações

  • Jurídicos: o laudo preliminar será peça-chave para investigações sobre responsabilidades legais.
  • Sociais: o caso expõe fragilidades na proteção de pessoas em situação de vulnerabilidade.
  • Institucionais: reforçar a necessidade de protocolos mais rígidos em zoológicos e parques públicos. ( Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução internet )

Topo
Verified by MonsterInsights