O presidente Luís Inácio Lula da Silva e a Agência Nacional do Cinema (Ancine) manifestaram pesar e homenagearam o cineasta brasileiro Cacá Diegues, morto aos 84 anos.
“Recebi com muito pesar a notícia do falecimento de Cacá Diegues, que durante sua vida levou o Brasil e a cultura brasileira para as telas do cinema e conquistou a atenção de todo o mundo.
Ganga Zumba, Xica da Silva, Bye, bye Brasil , e, mais, recentemente, Deus é Brasileiro mostram muito bem nossa história, nosso jeito de ser, nossa criatividade. E representam a luta de nosso cinema, que sempre se reergueu quando tentaram derrubá-lo.
Meus sentimentos aos familiares, colegas e fãs do grande Cacá Diegues.”
Luiz Inácio Lula da Silva,
presidente da República
“A Ancine lamenta o falecimento do cineasta Cacá Diegues, grande referência e inspiração do audiovisual brasileiro.
Um dos fundadores do movimento Cinema Novo, Carlos José Fontes Diegues construiu, ao longo de sua carreira, uma obra com mais de 20 longas-metragens, vários deles premiados, com destaque para “Xica da Silva” (1976), “Bye bye Brasil” (1980), “Veja esta canção” (1994), “Tieta do Agreste” (1995) e “Deus é brasileiro” (2003).
Em 2018, lançou o longa-metragem, “O Grande Circo Místico”, no mesmo ano em que se tornou membro da Acadêmia Brasileira de Letras.
Transmitimos nossos sentimentos aos amigos e familiares.”
Oscar
Em entrevista concedida à TV Brasil em 2018, o cineasta Cacá Diegues comentou as possibilidades de seu filme “O Grande Circo Místico”, indicado para representar o Brasil no Oscar do ano seguinte, conquistar o prêmio: “Eu não faço do Oscar o juiz supremo do cinema brasileiro. Aliás, de nenhum filme do mundo, do brasileiro sobretudo. Quem julga a qualidade do filme é o espectador”, disse. À época da entrevista, realizada em dezembro daquele ano, Cacá Diegues havia sido eleito imortal da Academia Brasileira de Letras.