A Paraíba é o 7º Estado do Brasil onde empreendedores mais contrataram recursos do FNE (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste) em 2024. Foram R$ 6,7 bilhões.

Em linhas gerais, o FNE, principal instrumento financeiro da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), atingiu, em 2024, o volume recorde de R$ 44,8 bilhões em contratações.

O montante refere-se às quase 1,6 milhão de operações registradas nos 11 estados que compõem a área de atuação da autarquia, que inclui os nove estados do Nordeste, além de municípios do Espírito Santo e Minas Gerais. O resultado representa um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram contratados R$ 43,67 bilhões.

Para o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, o desempenho do FNE em 2024 reafirma o papel da Sudene no planejamento e execução de políticas públicas de desenvolvimento regional. “O Fundo Constitucional é um dos mais importantes instrumentos para impulsionar o crescimento do Nordeste. Os resultados que alcançamos no ano passado mostram que a Região está aproveitando as oportunidades de financiamento de forma estratégica, com impactos positivos na geração de emprego e renda em diversos setores da economia”, afirmou.

O dirigente da Sudene também destacou a superação do volume de recursos previstos para 2024. A estimativa inicial de R$ 39,8 bilhões foi superada em 12%.

O setor de comércio e serviços liderou o volume de operações, 852 mil, movimentando R$ 12,2 bilhões. O segmento de pecuária registrou R$ 10,5 bilhões em meio aos quase 598 mil contratos firmados, sendo o segundo mercado que mais demandou recursos do fundo regional. Fechando o topo está agricultura, com R$ 8,68 bilhões contratados em mais de 121 mil movimentações. O FNE também esteve presente em negócios dos ramos de infraestrutura (R$ 7,6 bi); indústria (R$ 2,7 bi); turismo (R$ 1,4 bi) e agroindústria (R$ 1,3 bi). Contratos firmados por pessoas físicas envolvendo recursos do FNE Sol e FIES somaram R$ 195 milhões.

As contratações do FNE em 2024 evidenciaram também a priorização do apoio aos pequenos empreendedores, em consonância com as diretrizes do Governo Federal e os preceitos legais de gestão do fundo. Empreendimentos de porte mini, micro, pequeno e pequeno/médio registraram 1,59 milhão de operações, totalizando R$ 27,9 bilhões em contratações, o que representa 62,3% do volume total de recursos disponibilizados. Por outro lado, empresas de médio e grande porte responderam por 4.756 operações, movimentando R$ 16,9 bilhões, ou 37,7% do total de contratações.

Distribuição geográfica

Entre os estados, os empreendedores titulares de projetos na Bahia contrataram R$ 10,5 bilhões em recursos do FNE, fazendo o estado responder por 23,6% das movimentações registradas. Ceará e Maranhão fecham o topo dos maiores indicadores, com R$ 6,6 bi e 5,3 bi. Na ordem, Pernambuco (R$ 10,4 bi), Piauí (R$ 9,3 bi), Minas Gerais (R$ 7,4 bi), Paraíba (R$ 6,7 bi), Rio Grande do Norte (R$ 5,7 bi), Alagoas (R$ 2,1 bi), Sergipe (R$ 1,6 bi) e Espírito Santo (R$ 662 milhões) completam o levantamento.

O diretor de Fundos da Sudene, Heitor Freire, destacou o impacto das contratações para o ambiente de negócios na Região. “O FNE é fundamental para estimular o empreendedorismo no Nordeste e promover o desenvolvimento de setores como comércio, serviços e indústria. A diversificação das contratações reflete a dinâmica da economia regional e o potencial que o fundo tem de continuar atraindo novos investimentos”, disse Freire.

Para 2025, o orçamento programado do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste é de R$ 47,3 bilhões, alta de 18,5% em relação aos recursos iniciais de 2024.

(Fonte e foto: FNE)

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