O governo federal prepara uma nova ofensiva para equilibrar as contas públicas: uma proposta de corte de R$ 15 bilhões em benefícios tributários será enviada ao Congresso Nacional logo após o recesso parlamentar. O anúncio foi feito nesta terça-feira (1º/07) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A medida faz parte da estratégia da equipe econômica para cumprir a meta fiscal de 2026, que prevê superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo Haddad, a proposta será construída com base em conversas já mantidas com líderes partidários e não deve afetar benefícios com proteção constitucional, como os concedidos à Zona Franca de Manaus, ao Simples Nacional e à cesta básica.
“Vamos apresentar uma proposta ao Congresso depois do recesso, preservando os benefícios constitucionais. A ideia é reduzir a renúncia fiscal de forma gradual”, afirmou o ministro.
Enquanto isso, a Câmara dos Deputados deve votar ainda nesta semana a urgência de um projeto de lei que revisa incentivos fiscais, em meio ao impasse entre o Executivo e o Legislativo sobre o aumento do IOF — imposto que teve seu decreto de elevação derrubado pelo Congresso.
Além do corte nas renúncias, o governo aposta na aprovação de uma medida provisória que prevê arrecadar R$ 20,9 bilhões em 2025, com ações como a taxação de apostas eletrônicas e o fim da isenção sobre rendimentos de títulos.
A movimentação marca mais um capítulo da disputa por espaço fiscal e reforça o esforço do governo para manter o compromisso com a responsabilidade fiscal, mesmo diante de resistências no Parlamento.
(Fonte: redação Click100 com imprensa nacional / Foto: Agência Gov)
