O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) reduziu significativamente as penas dos três sócios da empresa paraibana Fiji Solutions, condenados por fraudes contra o sistema financeiro nacional. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (02/07) e ainda cabe recurso.
Buenos Aires de Souza, apontado como principal nome do grupo, teve a pena reduzida de 25 anos e 2 meses para 10 anos e 1 mês. Já o casal Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima passou de 14 anos e 8 meses para 7 anos e 11 meses cada.
A Fiji Solutions, sediada em Campina Grande, foi investigada pela Polícia Federal por captar recursos de clientes com promessas de altos rendimentos por meio de operações com criptomoedas. Segundo a Justiça, os contratos oferecidos não tinham registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o que caracteriza operação irregular no mercado financeiro.
As investigações apontaram que os recursos arrecadados não eram aplicados em negociações reais de criptoativos, mas usados para pagar investidores anteriores — prática semelhante a um esquema de pirâmide. O grupo, formado pelas empresas Fiji Holding Participações, Fiji Solutions Participações e Fiji Tech, movimentou cerca de R$ 301 milhões. A Justiça determinou ainda a devolução de R$ 34 milhões aos lesados.
Os sócios foram condenados por operar instituição financeira sem autorização, negociar valores mobiliários de forma irregular e gestão fraudulenta. Em nota à imprensa, a defesa dos acusados negou envolvimento com as irregularidades.
(Fonte: redação Click100 com G1 Paraíba / Foto: Freepik)