O Sindicato dos Bancários da Paraíba realizou, nesta terça-feira (08/07), uma paralisação na agência do Itaú localizada na Rua Duque de Caxias, no Centro de João Pessoa, como parte do Dia Nacional de Luta contra os abusos cometidos pelo banco. A mobilização integrou um movimento nacional, promovido pelas entidades sindicais em todo o país, com o objetivo de denunciar o fechamento sistemático de agências, as demissões em massa e a precarização das condições de trabalho.
Segundo o coordenador da COE dos funcionários do Itaú da Fetrafi Nordeste, Carlos Hugo Guimarães, a agência de Cruz das Armas (nº 7981) já foi encerrada em João Pessoa, e outra unidade — a de Campina Grande (nº 8497) — tem previsão de fechamento para o dia 4 de agosto.
A ação também chamou atenção para o contraste entre os altos lucros do banco e a deterioração das condições enfrentadas pelos trabalhadores. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), o Itaú registrou um lucro líquido de R$ 11,1 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2025. No entanto, esse desempenho tem como contrapartida uma realidade marcada por sobrecarga, metas abusivas, insegurança no emprego e aumento de casos de adoecimento psíquico entre os funcionários.
Para o presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Lindonjhonson Almeida, a mobilização representa um grito de resistência diante das decisões corporativas que desconsideram os impactos humanos e sociais.
“Estamos nas ruas para denunciar o desmonte que o Itaú vem promovendo nas suas estruturas físicas e humanas. Fecham agências, sobrecarregam os bancários e lucram como nunca. Essa conta não pode continuar sendo paga por quem trabalha e pela população que depende desses serviços”, afirmou Lindonjhonson Almeida, presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba.
Além da precarização do atendimento, o sindicato também alertou para o aumento do assédio moral nas agências, especialmente após a implementação de metas ainda mais rígidas e processos de “realocação” que, na prática, têm levado a desligamentos indiretos. Os dirigentes sindicais também ressaltaram que o fechamento das agências prejudica principalmente as populações mais vulneráveis, que dependem do atendimento presencial, inclusive aposentados e pessoas com menor familiaridade com o digital.
A mobilização desta terça se soma a uma série de atos organizados pelo movimento sindical em todo o Brasil e reforça o compromisso das entidades com a defesa dos empregos, dos direitos dos trabalhadores e de um sistema bancário que atenda às necessidades da sociedade.
O Itaú ou seus representantes ainda não se manifestaram sobre o protesto, mas contam com este e outros espaços abertos na imprensa.
(Fonte e foto: Ascom Sindical / Imagem de capa:reprodução divulgação)
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