Categoria protesta contra risco de privatização e paralisa serviços em João Pessoa e Campina Grande

Os trabalhadores dos Correios na Paraíba entraram em greve por tempo indeterminado, após assembleia realizada na noite da terça-feira (16/12). A paralisação foi confirmada nesta quarta-feira (17/12) pelo Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos da Paraíba (Sintect-PB).

Segundo o sindicato, a decisão foi motivada pela falta de avanço nas negociações do acordo coletivo e pelas declarações do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que teria afirmado que poderia pautar a privatização da estatal caso os servidores deflagrassem greve.

“Durante meses não houve avanço nas negociações. A categoria não aceita ameaças e exige respeito ao acordo coletivo”, afirmou o diretor do Sintect-PB, Tony Sérgio.

Adesão e impacto

Ainda não há estimativa oficial do número de trabalhadores paralisados, mas centros de distribuição como o de Mangabeira, em João Pessoa, e o do Cruzeiro, em Campina Grande, registram cerca de 80% de adesão.

Em nota, os Correios informaram que todas as agências seguem abertas e que 91% do efetivo nacional permanece em atividade, garantindo entregas em todo o país. A empresa destacou que busca consenso com os trabalhadores sob mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

A greve também foi aprovada nos Estados do Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul.

Impasse

A greve expõe o impasse entre governo e servidores e reacende o debate sobre a privatização da estatal. Caso se prolongue, pode afetar a logística de entregas em períodos de alta demanda, como o fim de ano.

Os trabalhadores devem realizar assembleias diárias para avaliar a continuidade do movimento, enquanto aguardam resposta oficial do TST e da direção dos Correios. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: arquivo Secom PR)

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