Alessandra Riedel Colunistas

O poder dos acessórios e a beleza carnavalesca!

Passando por aqui pra falar numa das maiores festas da nossa região, o CARNAVAL!!! Além de alegria, cuidados e animação você deverá levar consigo peças coloridas que irão cair como uma luva na produção do seu look carnavalesco! A pedida é por acessórios leves. E, em se tratando de brincos e colares, serão muito bem-vindos modelos que estejam numa escala de tamanho que seja de pequeno a médio para que não fiquem chacoalhando muito nos momentos em que você estiver, literalmente, tirando o pé do chão. Os brincos e colares devem ser escolhidos para valorizar ainda mais o seu look, harmonizando as peças com o seu cabelo, o seu penteado e, claro, a sua maquiagem. Lembre-se, porém, que se você for uma pessoa que curte manter um visual harmônico e atraente em todos os momentos, inclusive no Carnaval, estes acessórios não devem “brigar” entre si. Algumas pedidas para essa época do ano remetem aos brincos pequenos e também de franjas, colares finos e chockers. Outra dica importante é quanto à manutenção das suas peças. Higienize-as muito bem após a festança para que o excesso de suor e de impurezas captadas durante a festa de momo não reduzam, de modo significativo, a vida útil das suas joias, semijoias e bijuterias. Se você quiser dicas visuais, eu te convido para dar uma passada no insta da @fascinarisemijoias para ficar por dentro de todas as super dicas para esta e todas as outras épocas. Vale a pena lembrar que, dentro de muito em breve, esse mesmo perfil estará lançando uma super promoção com sorteios de diversas semijoias para o público participante. Então? É vamos ou bora? Um xeiro no coração!

Adriana Costa Colunistas

Turismo, Carnaval, festas, oportunidades e você

Turismo, Carnaval, festas, diversão. Nunca essas palavras estiveram tão fortemente presentes na vida dos brasileiros e, principalmente, na dos paraibanos, como neste ano de 2025, desde o fim do período mais crítico da pandemia provocada pelo vírus da Covid-19 que deixou, literalmente, um mundo inteiro dentro de casa por, praticamente, dois anos. O ‘boom’ no setor turístico vivido pelo Estado da Paraíba, através da Capital, João Pessoa, foi o pontapé decisivo para que o Brasil fosse o grande homenageado na 45ª edição da Feira Internacional de Turismo que acontece em Madrid, na Espanha, entre os dias 22 e 26 de janeiro de 2025. A tal homenagem se dá porque o país, mais precisamente a cidade de João Pessoa, apareceu como terceira localidade mais procurada por turistas do mundo inteiro, segundo o relatório de tendências de empresas especializadas no setor como a Expedia e o Booking.com. A informação, segundo o próprio Ministério do Turismo, foi divulgada pela CNBC (Consumer News and Business Channel), que é um canal por assinatura da NBCUniversal dedicado a notícias de negócios. E no dito relatório, João Pessoa aparece na lista dos 10 destinos em alta, atrás apenas de Sanya, na China, e Trieste, na Itália. OS EFEITOS Em João Pessoa, especificamente, os nativos já sentem os efeitos concretos dessa nova realidade e passa a enfrentar um trânsito ainda pior na cidade com congestionamentos signficativos antes não vistos com tanta frequência em tantos lugares. Mas, tem também o lado extremamente positivo: o empreendedorismo em alta. Negócios surgindo. Oportunidades sendo criadas. Emprego e renda que aumentam a possiblidade de vidas dignas. A QUESTÃO A questão que levanto é: você foi esperto(a) e se preparou para também se beneficiar desse momento importante de oportunidade que surge com a explosão do setor turístico na terrinha? Porque meu/minha querido(a), a oportunidade de empreendedorismo nunca bateu tão forte na tua porta como agora. Na verdade, essa oportunidade está tentando entrar na tua vida com força jamais vista por estas terras de modo tão abrangente. Diante disso eu pergunto: e você…? Qual a tua postura diante desse momento completamente novo em João Pessoa? A DICA Esse texto todo é para lembrar o que sempre dissemos no quadro ‘Mulheres de Negócio’ que foi veiculado na Rádio 100.5 – A FM Líder, durante uma temporada inteira e que era apresentado por minha pessoa e as queridas Mari Lannes e Fabi Passos, no programa Abril Verde Cast, aos sábados, das 07h às 09h. Lá nós dizíamos: “se prepare. Estude. Se dedique”. Pois é… nós sempre dissemos isto. A Mari e a Fabi, que são especialistas das mais prestigiadas no setor do empreendedorismo trouxeram depoimentos importantíssimos voltados, para as mulheres e, também, para para todas as figuras humanas que tinham ouvidos para ouvir. Agora chegou a hora de perguntar… o que você fez? Se sua respota é aquela horrível que diz: “nada”. Eu te tranquilizo e digo que ainda dá tempo de correr atrás e se preparar para este momento de oportunidades que se abre para todos. Não espere mais. Quem quer vai atrás. Dá um jeito. Só não espere mais. Se mexe e vai… depois… conta a vitória pra gente aqui na rádio, tá?!

Colunistas Saulo Vital

Mudanças climáticas, a pandemia e o movimento pseudocientífico

* Por Saulo Roberto de Oliveira Vital – Geógrafo e Professor da UFPB Falar sobre mudanças climáticas no início dos anos 2000, para um determinado grupo de céticos, era algo distante da realidade, por vezes até contestável. O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), criado em 1988, ainda não tinha grande respaldo frente ao argumento desse grupo. Todavia, no início da década passada, as projeções do IPCC começaram a se concretizar. A elevação exponencial da temperatura média global, assim como o aumento da frequência dos eventos extremos, passaram a demonstrar que as projeções de cenários climáticos apontavam para a confirmação de um panorama de mudanças climáticas. Outro fenômeno, não desvinculado do aquecimento global, a pandemia do novo coronavírus, também foi alvo do movimento negacionista, que contestou veementemente a eficiência das vacinas para o seu combate. Assim como a COVID-19, há a negação de que o desmatamento contribui para o aquecimento global. Esses e outros argumentos esdrúxulos passam a compor o imaginário fértil e esquizofrênico de um movimento pseudocientífico ressurgente. Contudo, o fim da pandemia marcou a vitória da ciência nessa trincheira de batalha frente ao obscurantismo. A partir de então, a ciência ganhou maior notoriedade e credibilidade, pois, mesmo frente à resistência de governos negacionistas (basta se reportar aos casos de Madri na Espanha, Brasil e Estados Unidos), as vacinas puseram fim a uma pandemia que dizimou mais de 700.000 brasileiros e quase 7 milhões de pessoas no mundo. Conforme apresentado, não há desvinculação dos movimentos que negam a pandemia e o aquecimento global, pois ambos fazem parte de um mesmo tronco. Esses algozes estão vinculados a ideais de liberalismo econômico, transmutados por um discurso “moral” e religioso, a fim de conquistar as massas menos instruídas. As vítimas, oprimidas, até então favoráveis às políticas de igualdade social, tão logo confrontadas frente a questões morais, cedem ao discurso opressor. É uma forma que a extrema-direita e o movimento pseudocientífico encontraram para conquistar as massas, baseados na promessa de um inferno disfarçado de paraíso. Diante desse cenário, qual a relação entre liberalismo econômico e negacionismo? Basta se reportar ao discurso que ameniza os efeitos do desmatamento no aquecimento global. Nesse ínterim, basta trazer o exemplo da Amazônia Brasileira, a única porção da superfície capaz de originar uma massa de ar continental de característica úmida. A partir da floresta amazônica emergem os chamados “rios voadores”, que transportam grande umidade para o sul e sudeste do Brasil. Para atestar os impactos do desmatamento sobre essa dinâmica, basta observar a recorrência dos últimos episódios de secas nessas regiões, atestada pelo baixo volume dos reservatórios. Num país onde a matriz energética depende massivamente das hidrelétricas, essa crise também pode gerar prejuízos econômicos expressivos. De fato, é difícil correlacionar fenômenos de ordem local ou regional àqueles de abrangência global. Porém, decerto, há que se pensar os fenômenos físicos do planeta a partir de uma visão holística, ou seja, de maneira integrada. Embora saibamos que os oceanos são os grandes produtores de oxigênio, não se anula o efeito benéfico da floresta amazônica para o Brasil e para o mundo. No fim de tudo, percebe-se que o discurso liberal se vale do negacionismo para seu próprio benefício, pois a floresta de pé não favorece a seus ideais especulativos.

Adriana Costa Colunistas

Temos um novo portal…

O Click100 é o portal da Rádio 100.5 – A FM Líder, emissora conhecida como a mais popular da Paraíba, que alcança cerca de 100 (cem) municípios paraibanos, parte dos Estados do Rio Grande do Norte e de Pernambuco, bem como uma imensidão de ouvintes através da internet. Criado em 2012, o portal passou por várias reformulações até alcançar o formato desejado que evidencia uma apresentação leve, com notícias que interessam ao público e que dá o devido destaque aos parceiros comerciais. O portal conta a participação de colunistas que abordam os mais diversos temas direcionados a públicos diferenciados que vão desde os jovens até aos adultos. A credibilidade crescente da emissora, bem como de todos os nomes envolvidos ao longo dessa história, nos trouxe até aqui e seguirá nos guiando por todos os próximos anos. Vem com a gente!

Colunistas Saulo Vital

A natureza está cobrando sua conta

O IPCC (Painel Intergovernamental Sobre as Mudanças Climáticas) tem demonstrado em seus últimos relatórios que as mudanças climáticas são uma realidade. Há cerca de uma década, muitos céticos se levantavam tentando contrapor esta tese. Hoje, o aumento da intensidade e frequência dos eventos extremos demonstram que esta realidade está cada vez mais próxima de nós. Desastres como o de Petrópolis (ano), Recife (ano), Rio Grande do Sul (em duas ocasiões), a seca na região amazônica, as queimadas no Pantanal, além de outros fenômenos no Brasil e no mundo, demonstram que essa hipótese é cada vez mais inquestionável. Diante desse quadro, o que nos resta? Quando abordamos a realidade do planejamento urbano e das mudanças climáticas, passamos a lidar com uma questão muito complexa e delicada, tanto do ponto de vista da gestão como do ponto de vista científico. Inicialmente, podemos dizer que ela é difícil do ponto de vista da gestão, pois muitos governantes ainda não estão prontos para lidar com essa questão. A visão retrógrada e especulativa, muito atrapalha as iniciativas que visam equilibrar as ações de “desenvolvimento” e “progresso”, e de desenvolvimento sustentável. Tratar de desenvolvimento sustentável em meio a esse contexto também se torna um desafio, uma vez que, na imensa maioria dos casos, ainda não se consegue pôr em prática esse conceito até então “erudito”. Em tempos de emergência climática e ambiental, o progresso ainda tem se demonstrando completamente oposto do desenvolvimento sustentável. O modelo de cidades que ainda se desenvolvem na maior parte dos países do mundo, e diga-se, numa maioria esmagadora, ainda é incompatível com a resiliência a adaptabilidade que se espera dos grandes centros urbanos em tempos de mudanças climáticas. Nesse ínterim, os desastres, que não são naturais, se tornam cada vez mais frequentes e onerosos. Neste bojo, cabe uma reflexão: oneroso para quem? Para os poderosos ou para a população? Aqui, portanto, se revela uma cruel face da desigualdade social e das disparidades socioespaciais e ambientais. As cidades, sobretudo nos países ditos subdesenvolvidos, tornam-se cada vez mais caóticas e díspares em seus privilégios e oportunidades. Diante desse quadro, cabe uma reflexão: é possível ainda soluções para este quadro? Há, mas requer uma ação urgente e uma rápida virada de jogo. Se parássemos com as ações de degradação hoje, ainda levariam muitas décadas, ou talvez até séculos, para que muitos sistemas se reestabelecessem. E o que seria o reestabelecimento dos sistemas terrestres? Seria, se não o seu retorno ao estado de equilíbrio, um cenário onde uma dada cadeia de eventos se tornasse mais previsíveis e, portanto, fáceis de gerir. A partir do momento em que atuamos nessa cadeia de eventos, modificando sua dinâmica a partir de novos fluxos de matéria e energia, estabelecemos novos padrões e ritmos de funcionamento, que culminam em eventos catastróficos. Trocando em miúdos, é aquela velha máxima que diz: a natureza está cobrando sua conta!

Colunistas Tadeu Vasconcelos

O que é leilão?

Os leilões são eventos onde bens ou propriedades são vendidos ao maior lance oferecido. Existem diversos tipos de leilões, cada um com suas particularidades. Os principais tipos incluem o leilão inglês, onde os lances aumentam progressivamente até que ninguém mais cubra o lance mais alto; e o leilão de lance selado, onde os participantes enviam lances em segredo e o maior lance vence. No contexto dos leilões imobiliários, há dois modelos predominantes: o judicial e o extrajudicial. O leilão judicial ocorre quando um imóvel é penhorado devido a dívidas e é vendido para quitar essas obrigações. Já o leilão extrajudicial é realizado por instituições financeiras, geralmente em casos de inadimplência de financiamentos imobiliários. Ambos os modelos compartilham características como a necessidade de publicação de edital, a possibilidade de arrematação por terceiros e a exigência de pagamento de sinal no ato da arrematação. No Brasil, o leilão de veículos é uma prática bastante comum e oferece uma oportunidade para adquirir automóveis a preços mais acessíveis. Esses leilões podem ser realizados por órgãos públicos, como a Receita Federal e o Detran, ou por empresas privadas, como seguradoras e financeiras. Os veículos leiloados podem ser provenientes de apreensões, recuperações de financiamentos não pagos, ou até mesmo de frotas de empresas que estão renovando seus carros. Os participantes têm a chance de inspecionar os veículos antes do leilão, embora nem sempre seja possível fazer um teste de funcionamento. É essencial ler atentamente o edital do leilão, que contém informações detalhadas sobre o estado dos veículos, as condições de pagamento e as taxas adicionais que podem ser aplicadas. Os leilões de coisas, por sua vez, abrangem uma vasta gama de bens móveis, que podem incluir desde eletrodomésticos e móveis até obras de arte e equipamentos industriais. Esses leilões são realizados tanto por entidades públicas quanto privadas e podem ocorrer de forma presencial ou online. No caso de leilões públicos, os bens leiloados geralmente são provenientes de apreensões, penhoras ou doações. Já nos leilões privados, os itens podem ser de empresas que estão liquidando seus ativos ou de pessoas físicas que desejam vender seus bens. Assim como nos leilões de veículos, é crucial que os participantes leiam o edital com atenção e, se possível, inspecionem os itens antes de fazer um lance. Participar de leilões de coisas pode ser uma excelente oportunidade para adquirir itens de valor a preços competitivos, mas exige uma boa dose de pesquisa e preparação prévia. Qualquer pessoa física ou jurídica pode participar de um leilão, desde que atenda aos requisitos estabelecidos no edital, como a apresentação de documentos pessoais e a comprovação de capacidade financeira. É importante que os participantes estejam bem informados sobre o bem leiloado e as condições do leilão para evitar surpresas desagradáveis. A participação em leilões pode ser uma excelente oportunidade para adquirir bens a preços atrativos, mas requer cautela e preparação.

Colunistas Rafaela Montenegro

Os olhos são as janelas da alma

Que faria eu hoje se, através desse texto, pudesse adentrar pelos seus olhos e ser absorvida até encontrar o seu coração? Eu desafiar-te-ia a ir além da lamentação ao enxergar o sofrimento alheio! O destrate natural ocorrido no Rio Grande do Sul me fez refletir sobre a dicotomia existente entre nós, seres humanos! Em meio ao mais completo caos, enquanto famílias inteiras eram resgatadas dos telhados, criminosos saqueavam residências que ficavam para trás. Onde havia dor e sofrimento pela perda irreparável de entes queridos e de sonhos desmoronados, foi possível também resgatar o melhor que existe em nós: a compaixão. Testemunhei pessoas comentando e compartilhado fotos e vídeos do desastre, como se a desgraça alheia fosse entretenimento (às vezes penso que dessa forma, podem esquecer pelos menos por alguns minutos das próprias dificuldades). Por outro lado, outros resolveram agir! Doar dinheiro, roupas, água, e por que não oração e palavras de força – “Vocês vão se reconstruir e nós os ajudaremos nessa missão!” Eu te pergunto agora, querido (a) leitor (a): -Você já fez a sua parte? – Se me permite, vou aproveitar que você continua comigo até aqui para ir além: o que você tem feito com a sua existência? Olhe para si e não precisa me responder agora! Isso já é papo para nossa próxima coluna!

Colunistas Pedro Guerra

Eu, Robô: perspectivas contemporâneas da relação entre homem e máquina.

No que parecia ser um verdadeiro filme de ficção científica, ou uma reconstrução estranha de perdidos no espaço, em outubro de 2017, o robô Sophia foi apresentado à Organização das Nações Unidas – ONU, momento em que a respectiva inteligência robótica, arranjada em estrutura física humanoide, com rosto semelhante ao humano e roupas formais, teve uma conversa com a então vice-secretária-geral da ONU sobre temas diversos. A inteligência artificial do robô Sophia impressionou tanto os líderes mundiais que a Arábia Saudita decidiu por conceder cidadania ao tal robô, elevando-o à condição de “pessoa”. De fato, a surpresa foi global, não pela Arábia Saudita humanizar a tal ponto uma máquina, mas a questão é acima de tudo conceitual, ou seja, se a inteligência artificial vestida com roupas formais e pele sintética foi colocada na condição de pessoa, isso significa que ter um nascimento biológico e possuir a capacidade encefálica de pensar e raciocinar apenas não me diferencia, legalmente, de máquinas com capacidade semelhante. Ora, se aquilo que é inato ao humano não é fator determinante para me considerar pessoa, então o que seria? Essa questão filosófica que já foi indagada desde tempos imemoriais não será respondida com facilidade e muito menos pelo sistema jurídico/legal de qualquer nação soberana. O fato é que o tratamento dado às inteligências artificiais, sejam corpóreas (como o robô Sophia) ou exclusivamente digitais é um assunto urgente a ser devidamente regulado e abordado pelo Estado, já que se uma máquina é elevada à condição de pessoa, necessariamente se torna ou deveria se tornar sujeita à direitos e deveres na ordem social. Isto é, poderá a inteligência artificial com status de cidadania votar? casar? se desligarem seu sistema, seria considerado assassinato? Apesar dos questionamentos anteriores, há algo ainda mais premente: no estudo realizado pelos professores Godinho e Rosenvald (2019)1 se questiona a responsabilidade das inteligências artificiais e robôs em relação aos seus atos, notadamente àqueles atos realizados autonomamente, ou seja, como responsabilizar um robô em caso deste causar dano à alguém? Essa pergunta é mais importante do que parece e fundamental para a continuidade da questão. Lembremos da literatura de Isac Asimov da qual na obra “Eu, Robô” composto por contos nos quais a humanidade enfrenta diversos conflitos com os robôs, demandando a criação das chamadas “leis da robótica” que consistem em 3 máximas: 1 – Um robô não pode ferir um ser humano ou, por inação, permitir que um ser humano sofra algum mal; 2-Um robô deve obedecer às ordens que lhe sejam dadas por seres humanos, exceto nos casos em que entrem em conflito com a Primeira Lei; 3-Um robô deve proteger sua própria existência, desde que tal proteção não entre em conflito com a Primeira ou Segunda Leis. As 3 leis acima podem até parecer interessantes e eficientes, mas, no entanto, elas são apenas o que são, isto é, trechos de uma obra literária. Por essas razões, me parece que num sistema que tem a forte tendência de enxergar as máquinas de forma humanizada, impreterível que a proteção prévia da condição humana seja objeto de amplo questionamento. 1 GODINHO, Adriano Marteleto; ROSENVALD, Nelson. Inteligência artificial e a responsabilidade civil dos robôs e de seus fabricantes. In: ROSENVALD, Nelson; DRESCH, Rafael de Freitas Valle; WESENDONCK, Tula. Responsabilidade civil: novos riscos. Indaiatuba: Foco, 2019, p. 21-43.

Colunistas Mari Lannes

Cheguei para contribuir

Estou muito orgulhosa e agradecida em fazer parte do Portal da 100.5. Quinzenalmente estarei por aqui para falar sobre algumas experiências que tive como empresária, sobre temas que estudei e sobre a minha vivência como Consultora de Negócios. Vou trazer temas que estão relacionados à negócios: liderança, planejamento e execução processos, vendas, tecnologias e pessoas. Vou contar histórias sobre negócios que deram ou não certo, e vou dar exemplos de boas práticas para negócios em empresas familiares. Prometo trazer muita contribuição para os nossos ouvintes e leitores. Muitas vezes ter seu próprio negócio e conquistar a liberdade financeira é o sonho de muitos brasileiros. E eu tenho verdadeira paixão por negócio, seja ele iniciante ou já estabelecido com muitos funcionários, com boa lucratividade querendo crescer mais. Especialmente porque ele é fruto de muito trabalho das pessoas, das ideias, de incontáveis noites de sono acordados e privação de lazer que os criadores tiveram para idealizar, construir, e fazer funcionar tudo aquilo: a empresa. Sempre que inicio uma consultoria gosto de ouvir o propósito e a história da criação daquele negócio contada diretamente pelos donos ou donas, olho no olho. Sinto a energia que eles empregam ao falar de como chegou até aquele momento, e o que ainda desejam alcançar. Isso que me energiza, e me conecta com a verdade da empresa e juntos construímos um caminho para o crescimento. Mesmo empresas gigantes que já tiveram um início pequeno possuem histórias incríveis. Essas histórias continuam inspirando pessoas mesmo depois de completarem anos de existência. Apesar das histórias é importante frisar que não existe romantismo nos negócios. É necessário obter resultados, lucros! E é sobre isso que vou falar por aqui.

Colunistas Eduardo Luna

Ensaio sobre o ceticismo em Machado de Assis

É um verdadeiro lugar-comum da crítica machadiana o ressalto da investigação psicológica empreendida por Machado de Assis no decorrer de sua abundante e versátil carreira artística. Fruto de um expediente literário que busca “descer à essência dos seres, para lhes interpretar o mistério, em vez de se contentar com a forma e o colorido de suas aparências”, tal veio forma um dos aspectos mais notáveis da obra de nosso maior escritor, um aspecto, é bem de ver, posto a serviço da programação estilística de Machado que procura desvendar e esculpir a realidade humana desde o cubículo intrincado da mente até o asfalto concreto da vida onde a carpintaria romanesca de sua pena encontra materialidade e organismos pulsantes à espera de fabulações. (Josué Montello. Santos de Casa. Estudos de Literatura. Fortaleza: Imprensa Universitária do Ceará, 1966, p. 44) Com efeito, o dito “realismo interior” de Machado penetra “com paciência de ourives no mundo psicológico” de jeito a atingir “camadas inconscientes”, “zonas obscuras” ou “pouco visitadas” da psique humana. Tudo isso mediante uma estética vocabular dotada de uma beleza epidérmica patente, uma estética hábil que retrata, qual pinceladas precisas numa tela, paixões incontidas e demais inquietações da alma que arrastam as personagens a um sem-fim de situações ficcionais nas quais estas mesmas personagens entram a exteriorizar os impulsos psíquicos aí gritantes e propensos a comandar o mundo-da-vida em meio a intersubjetividade das relações. (Massaud Moisés. Machado de Assis: Ficção e Utopia. São Paulo: Cultrix, 2001, p. 32) Não é à toa que, subido o pano da ação machadiana, o que menos importa é a sequência dos episódios objetivamente considerada que conduz a trama e anima a movimentação do palco (a “fabulação organiza-se com o mínimo de acontecimentos e com o máximo de análise”), que o interesse central repousa na programação psicológica das personagens, vale dizer, os motores mentais que desencadeiam os sucessos e as reações psíquicas destas entidades ficcionais despertadas pela factualidade posta com economia pelo narrador-observador. (Massaud Moisés. Machado de Assis: Ficção e Utopia. São Paulo: Cultrix, 2001, p. 47) Refletindo a perícia machadiana o realismo literário de seu tempo, ao menos no que tange à fase madura de sua produção, não se furtou o romancista de Dom Casmurro a oferecer um bom alimento ao consumo de seus contemporâneos (e de todos nós vida afora) através de narrativas que punham este público apetente como que diante um avatar literário que então transbordava (e ainda hoje transborda) os dramas e cotidianos de uma nação recém-alçada à condição de independência, uma nação em cujas intrigas burgueses então em escada de gradativa ascensão e senhores de terras detinham a comandância do cetro social e inspiravam a produção literária em voga. E nessa composição, diz a fortuna crítica a grandes vozes, o repertório da fauna humana é descrito em tom marcado por contundente crítica moral e junto com a confeição de enredos em cujos cenários figuram propósitos pecuniários vis, a livre tendência ao narcisismo e à formulação de jogos nada altruísticos. Enfim, propósitos egoísticos que, pode-se dizer, estão sempre à espreita e a ponto de romperem o traiçoeiro véu da aparência que ilude e disfarça a face sombria da vida. Coisa de ser vista no longe do olho nu, tal desenvoltura machadiana é alvo de especificações analíticas que merecem aqui um acento tônico. Alfredo Bosi, por exemplo,é preciso na adução de que Machado primeiramente “morde” o “barro comum da humanidade” na feitura de seus projetos ficcionais, morde no sentido de desnudá-la no flagrante de seus atos mais vis e reveladores de más obras; após, mediante termos civilizados, termos de um autêntico diplomata, sem berraria ou truculência a nos embrulhar o estômago, o bruxo fluminense subtilmente “assopra”,num estilo “crítico” e dotado de “tom concessivo”, quefinalmente remete o leitor já então compensado à constatação de que o barro “é afinal comum a todos”. (Alfredo Bosi. Machado de Assis: o enigma do olhar. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007, p. 11) Também Antonio Candido reconhece o “escritor poderoso e atormentado” ou o “desolado cronista do absurdo” que não faz praça de si mesmo nem de suas pregações ao som de recursos literários que lhe revigoram as cordas vocais, ao invés, escreve o crítico carioca, o que é saliente em seu estilo é o propósito de “descobrir o mundo da alma, rir da sociedade, expor algumas das componentes mais esquisitas da personalidade” das gentes. Tudo isso disfarçada e sobriamente, sob a “cutícula do respeito humano e das boas maneiras”, que o objetivo é “desmascarar” sem a bisbilhotice de quem faz alarde mediante baterias retumbantes. (Antonio Candido. Vários Escritos. São Paulo: Duas Cidades, 1977, p. 18) A concordarmos com os autores citados, indagamos: não é este o ficcionista que nos põe diante do olhar um esposo supostamente traído à bica de promover o assassínio do próprio filho por supô-lo fruto do adultério de sua ingrata consorte, ao tempo em que é dado a suspender a narração e convidar a leitora a pular o capítulo amoral para assim prevenir espasmos de perplexidade no centro de sua cândida alma?; não é o mesmo que dá aparição a uma turba de comensais inescrupulosos diante da ingenuidade de uma triste personagem em franco estágio de decomposição dos nervos, o próprio que costuma antes advertir o espírito sensível de seus leitores de que não concordarão com os males causados ao herói então em transe? De fato, a arte de Machado é extremamente cuidada: ora previne o leitor atento a seus enredos sobre impactos prestes a acontecerem, não sem uma ponta de zombaria no método empregado, ora o conduz de mistura com o escândalo subtilmente traçado, fazendo-o, bem observa o mestre baiano Jorge Amado, “mais próximo do ceticismo do que da confiança no homem, mais do pessimismo em relação à vida que do otimismo voltado para o futuro”, em suma, fazendo-o sempre de forma muito bem polida, de modo que “a voz não se altera em gritos”. (Jorge Amado, povo e terra: 40 anos de literatura. São Paulo: Livraria Martins Editora, 1972, p. 10) É

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