Livro indicado ao Prêmio Jabuti 2024; Um dos mais vendidos do gênero desde o lançamento; A caminho da segunda reimpressão Um futuro violento, impiedoso e que mora logo ali. Existe um limite para o horror? Até onde nossos olhos, corações e mentes estão dispostos a ir? Em um mundo onde a civilização desmoronou e a humanidade retornou às profundezas da selvageria, Colapso, o romance de estreia de Roberto Denser, publicado pela DarkSide(r) Books, nos transporta para um cenário pós-apocalíptico onde a sobrevivência é a única tarefa a ser cumprida, um mundo em tons de vermelho no qual a lei do mais forte é a única lei a ser seguida. No rescaldo de um desastre global, pequenos grupos de sobreviventes enfrentam uma luta desesperada pela vida nesse ambiente estéril e hostil que se tornou nosso planeta. As cidades vívidas e imponentes são agora ruínas vazias, fantasmas de concreto onde a busca por comida – por carne humana – se transformou em uma batalha de sobrevivência diária. Neste romance, a visão do filósofo Thomas Hobbes de que “o homem é o lobo do homem” torna-se uma dolorosa realidade. Tudo e todos estão em colapso, vísceras aparentes de uma moralidade perdida, a confiança se torna uma moeda rara, e a empatia um sentimento distante de quando o céu ainda era azul. Os personagens criados por Roberto Denser em seu romance de estreia são carnais, reais, donos de dilemas, dores e esperanças, seres humanos forçados a confrontar os limites de suas próprias naturezas enquanto enfrentam o pior e o melhor do que restou da sociedade. Na medida em que o caos se torna o único sussurro dos ventos, o mundo se torna um campo de batalha desolado. Colapso é uma exploração implacável da fragilidade da civilização e da selvageria latente que reside em todos nós. Prepare-se para uma narrativa incomparável, com exuberância cinematográfica e que encontrará nas trevas da civilização uma última esperança para a alma humana. Um mergulho profundo e sem ar em nós mesmos, uma falência múltipla da moralidade, lama sobre lama. Para ler Colapso , o leitor precisa respirar fundo e estar disposto a ir além de tudo que nos tornamos até aqui. SOBRE O AUTOR Roberto Denser é escritor, roteirista e tradutor nascido na Paraíba em 1985. Dono de um espírito inquieto, se formou em Direito, mas já trabalhou como açougueiro, vendedor ambulante de sandálias magnéticas, professor substituto e livreiro. Desde a infância, Denser se dedica à prática incessante de leitura e aprimoramento de sua escrita. Na vida adulta, com um estilo narrativo extremamente pungente e impiedoso, costuma digitar seus textos em máquinas de datilografia, assim como seus maiores mestres. Denser é autor de contos, livros e roteiros, e ministra aulas de escrita criativa. Atualmente, reside no Rio de Janeiro com seus dois filhos. Colapso é seu primeiro romance. SOBRE A EDITORA A DarkSide(r) Books é uma editora dedicada à publicação de livros de terror, fantasia, true crime e thrillers. SERVIÇOLançamento do livro: ColapsoISBN: 9786555983449Quando: 17 de maio de 2025, às 18:00 horas.Onde: Livraria Leitura do Manaíra Shopping – Manaíra, João PessoaValor: R$ 89,90Número de páginas: 448Gênero: Romance – Distopia – Literatura BrasileiraEditora: Editora Darkside Books O livro será apresentado Roberto Menezes. REALIZAÇÃOLivraria LeituraDarkside Books FALAS SOBRE O LIVRO“Um dos melhores livros que eu li nos últimos anos!”FELIPE NETO “Roberto Denser é o papo reto. Uma prosa que sabe o que quer e por isso mesmo atua como um jab no queixo do leitor – como toda boa prosa deveria fazer.”BRUNO RIBEIRO. “A criatividade de Roberto Denser é desconcertante e visionária. Suas alegorias perduram na mente de quem tem coragem e estômago para ler Colapso.”ANDREA BERRIELL “Genial. Lembra-me Cortázar. Denser está conseguindo captar nossa época com a nitidez impressionante que ele costumava ter.”W. J. SOLHA “Como um maestro do fim do mundo, Roberto Denser conduz seus personagens em uma frenética sinfonia do caos, compondo um retrato brutal da humanidade em toda sua perversidade e resiliência.”VERENA CAVALCANTE “Em Colapso, Roberto Denser traz o melhor da literatura de horror. Literatura barra pesada, podemos dizer assim!” ROBERTO MENEZES Confira imagens: (Fonte e fotos: Assessoria)
11 de maio: Dia Nacional do Reggae; data que marca a morte de Bob Marley; veja
No dia 11 de maio, o Brasil celebra o Dia Nacional do Reggae. A data marca a morte de Bob Marley em 1981, ícone máximo do ritmo que nasceu na Jamaica, mas que atravessou oceanos, fronteiras e corações. Marley foi mais do que um músico: foi um profeta da paz, um mensageiro da liberdade, e uma voz potente contra a opressão. Com suas letras e melodias hipnóticas, ele fez do reggae um chamado universal por justiça social, espiritualidade e união. No Brasil, esse chamado encontrou eco — especialmente no Maranhão, estado que carrega o título de “Jamaica Brasileira”. Não por acaso. Desde os anos 1970, o reggae se espalhou por lá como uma febre cultural, ganhando espaço nas periferias, nos bailes de radiolas e nas vozes de artistas locais. Em São Luís, ele se transformou em manifestação popular, em trilha de resistência negra, e em símbolo de pertencimento. O reggae no Maranhão não é só um gênero musical: é identidade. Mas o som jamaicano não parou por ali. Em muitos outros cantos do Brasil, inclusive na Paraíba, o reggae pulsa nas praias, nos becos, nos centros culturais e nas comunidades. Aqui, ele se mistura com o forró, o coco, o samba — criando novas linguagens e fortalecendo laços. O reggae paraibano é também expressão de luta, consciência e acolhimento. Em tempos de intolerância e polarização, ele continua sendo uma linguagem de paz. Como dizia Bob Marley: “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra.” É por isso que o reggae segue atual, necessário e poderoso. Ele nos lembra que outro mundo é possível — com mais respeito, mais afeto, mais liberdade. (Fonte e imagens: Ascom) Reggae é mais que som. É alma. É resistência. É Lado B. É A MASSA BOY!!!!
Sem planos para o Dia das Mães? Veja opções de restaurantes que unem afeto e sofisticação em JP
São restaurantes que se destacam pela arquitetura, decoração, localização e qualidade dos pratos clássicos com alma contemporânea O Dia das Mães, comemorado neste domingo, 11 de maio, é uma das datas mais especiais do calendário. Para quem ainda não decidiu como celebrar esse momento com à altura do que ele representa, ainda há chance de transformar o dia em uma ocasião especial com afeto e sofisticação. Três restaurantes em João Pessoa se destacam pela arquitetura, decoração, localização e qualidade dos pratos: Reserve Garden, Limone & Capperi e Nonino Gastronomia. São opções ideais para um almoço ou jantar reunindo família, boa comida e experiências sensoriais para deixar na memória. Para marcar ainda mais o momento, cada restaurante contará com uma cabine de fotografia montada especialmente para a data, onde as famílias poderão registrar o encontro de forma gratuita. Como já é tradição do grupo em datas comemorativas, não será possível fazer reservas para o Dia das Mães. A elegância dos clássicos com alma contemporânea Com vista para a praia de Cabo Branco, o Nonino Gastronomia é a escolha perfeita para quem deseja almoçar à beira-mar, em um ambiente elegante e contemporâneo. O restaurante combina sabores da culinária mediterrânea com os pescados frescos da costa paraibana, criando pratos autorais que encantam não só pelo sabor, mas também pela apresentação e pelo ambiente inspirado nas cidades litorâneas da Itália. Já o Reserve Garden, em Manaíra, é um refúgio urbano que une o contato com a natureza ao melhor do artesanato paraibano. Com projeto paisagístico assinado e uma curadoria de arte e design em todos os detalhes, o restaurante proporciona uma atmosfera de paz em meio à cidade. O cardápio valoriza ingredientes locais com toques criativos, oferecendo uma experiência gastronômica voltada à sensibilidade e ao frescor dos sabores. Também em Manaíra, o Limone & Capperi apresenta um clima mais intimista, remetendo às tradicionais trattorias italianas. O restaurante é ideal para famílias que apreciam a culinária clássica, com massas frescas, molhos encorpados e preparos que resgatam a simplicidade da culinária mediterrânea. A decoração acolhedora e o atendimento atencioso fazem com que cada refeição se torne um gesto de carinho. “A proposta dos três restaurantes é fazer do Dia das Mães uma celebração repleta de sabor, aconchego e memórias afetivas. Seja diante do mar, em contato com a natureza ou envolvido pelo calor da gastronomia italiana, o Grupo Nonino oferece experiências únicas para homenagear quem mais importa”, afirma Heloisa Nonino, diretora do grupo. No domingo, os três restaurantes funcionarão normalmente, com atendimento no almoço das 12h às 16h e no jantar das 18h às 23h, com atendimento por ordem de chegada, sem possibilidade de reservas. (Fonte e fotos: Ascom) Confira imagens:
Engenho do Forró 2025: começa a contagem regressiva para o mais autêntico festejo junino da Grande João Pessoa
A contagem regressiva para início do ‘Engenho do Forró 2025’, o mais autêntico festejo junino da Grande João Pessoa, já está ativa. O evento acontecerá todos os sábados compreendidos entre os dias 07 de junho e 26 de julho de 2025, das 17h às 02h, no Engenho do Meio, Santa Rita. O ‘Engenho do Forró’ é uma comemoração junina realizada pela rádio 100.5 – A FM Líder e pela ‘Família Maroja’ para todas as famílias que desejam comemorar o São João em um ambiente familiar e seguro ao mesmo tempo em que desfruta de comidas, bebidas e shows ao vivo com músicas tipicamente juninas. O acesso para o ‘Engenho do Forró’ fica na altura do KM 77 da BR-101, sentido Natal (RN), à direita, logo após a ponte do Rio paraíba, antes da entrada de Bebelândia, em Santa Rita. Confira imagem:
Roberto Carlos fará show no Busto de Tamandaré nos 440 anos de João Pessoa
O cantor Roberto Carlos deverá se apresentar no Busto de Tamandaré, em João Pessoa, no dia 5 de agosto, como parte das comemorações pelos 440 anos da Capital paraibana. A novidade foi confirmada pelo prefeito Cícero Lucena (PP) ao blog Conversa Política no domingo (04/05). O diretor da Funjope, Marcus Alves, disse que as tratativas para contratação do artista, um dos grandes ícones da música popular brasileira, já foram iniciadas pela Prefeitura. Clique aqui e confira a íntegra da informação. (Fonte: Conversa Política / Imagem: reprodução Ascom Roberto Carlos | Caio Girardi)
Benefícios da Lei do Audivisual passarão de R$ 300 mi em 2025 para R$ 803 mi em 2026, ano eleitoral
O Senado Federal aprovou na quarta-feira (30/4) o Projeto de Lei (PL) nº 363/2025 que torna a Política Nacional Aldir Blanc permanente. A decisão destina R$ 15 bilhões a estados e municípios para fomento das culturas locais até 2027. O PL, que passou pela Câmara dos Deputados na segunda-feira (28/04), segue para sanção do presidente Lula. De acordo com informações publicadas pela Agência Brasil, com as novas regras, a concessão de benefícios da Lei do Audiovisual será limitada a R$ 300 milhões em 2025, com previsão de aumento para R$ 803 milhões em 2026 e R$ 849 milhões em 2027. A Agência Nacional do Cinema (Ancine) poderá estabelecer metas e indicadores para o acompanhamento da aplicação dos recursos. Entre as principais previsões, a medida estabelece a manutenção dos R$ 15 bilhões para o setor cultural, que serão repassados aos entes federados pelo Ministério da Cultura (MinC), a retirada do limite de vigência da Aldir Blanc até 2027, assegurando continuidade permanente da política e a obrigatoriedade de execução mínima de 60% dos recursos pelos estados e municípios como critério para novos repasses. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, comemorou a aprovação: “É uma vitória. A Aldir Blanc é uma das maiores políticas de incentivo direto à cultura da nossa história. Essa aprovação é essencial para garantir que a cultura siga recebendo o suporte necessário para seu crescimento e para que os produtores culturais, especialmente os que estão na linha de frente da criação, tenham acesso a recursos públicos que fortaleçam suas ações.” O PL também traz a instituição de planos plurianuais para aplicação dos recursos com mais previsibilidade e o fortalecimento dos fundos estaduais e municipais de cultura a partir de 2027. No campo do audiovisual, o PL prorroga, até 31 de dezembro de 2029, o prazo para utilização dos benefícios fiscais do Regime Especial de Tributação para Desenvolvimento da Atividade de Exibição Cinematográfica (Recine), anteriormente previsto para acabar no fim deste ano. O Recine permite a desoneração de tributos federais sobre as compras voltadas à implantação ou modernização de salas de exibição cinematográfica, principalmente em cidades menores ou do interior. (Fonte: Click100.com.br com Agência Gov / Imagem de DC Studio no Freepik)
Paraibano Hulk supera Neymar e se torna o brasileiro com mais gols em atividade
No Paraná, Maringá e Atlético-MG entraram em campo pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil, nesta terça-feira (29/4). Em jogo de quatro gols, o empate em 2 x 2 foi especial para Hulk. Com o gol anotado no confronto, o atacante do Galo se tornou o jogador brasileiro com mais gols em atividade no mundo. São 443 bolas na rede contra 442 de Neymar, atualmente no Santos. Vale destacar que Hulk é o 9º maior goleador em atividade no futebol mundial. O jogador do clube mineiro está atrás somente de Cristiano Ronaldo (934), Messi (858), Lewandowski (710), Suárez (587), Benzema (494), Cavani (462), Kane (447) e Dzeko (446). Vale lembrar que a Copa do Brasil não conta mais com critérios de desempate no tempo normal. Em caso de novo empate no jogo da volta, a vaga para as oitavas de final será decidida nas penalidades. Clique aqui e confira a íntegra da matéria publicada pelo Metrópoles com fotos e vídeos. (Imagem: reprodução de tela entrevista CNN Esportes)
Paraíba terá acesso a mais de R$ 29 milhões em recursos federais da Lei Aldir Blanc para projetos culturais
O Ministério da Cultura (MinC) está mobilizando os estados e municípios da região Nordeste para solicitarem a adesão ao segundo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura até o dia 26 de maio. Nessa nova etapa, pode receber até R$ 378 milhões, caso cumpra os pré-requisitos. A Paraíba poderá ter acesso a um total de R$ 29.267.866,50 em recursos. A cidade de Maceió (AL) foi a primeira da região Nordeste a fazer a solicitação de adesão à Aldir Blanc. Até o momento, mais de 1000 cidades já deram o primeiro passo para aderirem à política em todo país. No primeiro ciclo da Aldir Blanc, o MinC garantiu a adesão de 100% dos estados e 97% dos municípios à política. Para se tornarem aptos a receber os recursos, gestoras e gestores têm até o dia 26 de maio para apresentar um Plano de Ação na plataforma TransfereGov. No site do Ministério da Cultura há um tutorial de como fazer o cadastro. “Nosso papel aqui no MinC é promover mecanismos de articulação e colaboração com os governos estaduais e municipais em torno das políticas culturais. Com o novo ciclo da Aldir Blanc, reafirmamos nosso compromisso com investimentos contínuos e a democratização do acesso à cultura em todos os níveis da federação”, destaca a ministra da Cultura, Margareth Menezes. Novas regras Um dos principais destaques do segundo ciclo da Aldir Blanc é a exigência de que municípios, estados e Distrito Federal comprovem a execução de pelo menos 60% dos recursos recebidos na etapa anterior e destinem verbas próprias à cultura para ter acesso aos novos repasses. “A medida garante uma aplicação responsável dos recursos, permitindo que os órgãos do governo façam a verificação da gestão orçamentária. Queremos transformar a Aldir Blanc numa Lei perene que vai consolidar o Sistema Nacional de Cultura, fortalecendo uma gestão tripartite dos recursos e, com isso, estabelecendo o papel da cultura como vetor de desenvolvimento econômico”, reforça o secretário-Executivo do MinC, Márcio Tavares. Todos os entes federativos têm direito aos recursos. O valor disponível para os estados, DF e municípios podem ser consultados no site da Aldir Blanc. Confira abaixo a projeção do valor que poderá ser acessado pelos estados do Nordeste neste ciclo, considerando o desconto de 20% do valor referente às atividades do PAC na Política Nacional Aldir Blanc. Alagoas (AL): R$ 25.583.931,08 Bahia (BA): R$ 88.225.572,09 Ceará (CE): R$ 57.667.363,37 Maranhão (MA): R$ 47.546.239,24 Paraíba (PB): R$ 29.267.866,50 Pernambuco (PE): R$ 59.662.378,51 Piauí (PI): R$ 25.022.896,51 Rio Grande do Norte (RN): R$ 25.145.235,26 Sergipe (SE): R$ 20.024.598,05 Total Nordeste: R$ 378.146.080, 58 Aldir Blanc Considerada a maior política cultural da história do Brasil, a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura é uma ação estruturante de financiamento à cultura, mediante repasses da União aos demais entes federativos de forma continuada. Com o recebimento de investimentos regulares, as ações culturais selecionadas por meio de editais beneficiarão trabalhadoras e trabalhadores da cultura nos territórios que garantirem a adesão. “Além dos trabalhadores, as entidades e pessoas físicas e jurídicas que atuem na produção, difusão, promoção, preservação e aquisição de bens, produtos ou serviços artísticos e culturais, incluindo o patrimônio cultural material e imaterial podem ser beneficiados pela política”, afirma o secretário-executivo adjunto do MinC, Cassius Rosa. Painel de Dados Política Nacional Aldir Blanc Data da atualização: 01/04/2025 (Fonte: Ascom MinC / Imagem Freepik)
Rota do Mel chega à Paraíba para estruturar cadeia produtiva e gerar renda no semiárido
Polo lançado em Maturéia deve beneficiar produtores das regiões de Patos e Sousa-Cajazeiras com tecnologia, assistência e acesso a mercados A Paraíba deu um passo decisivo para o fortalecimento da apicultura e da meliponicultura no semiárido com o lançamento, em Maturéia, do mais novo polo da Rota do Mel — programa do Governo Federal voltado à estruturação de cadeias produtivas sustentáveis em todo o país. A apresentação do novo polo ocorreu, na sexta-feira (25/04), durante a Expomel – Alavancando a Apicultura e Meliponicultura no Sertão Paraibano, que reuniu cerca de 300 participantes, entre produtores, técnicos, pesquisadores e autoridades. Com apoio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), a Rota do Mel tem como objetivo estruturar e impulsionar o setor apícola por meio de ações como aquisição de equipamentos, implantação de unidades de beneficiamento, introdução de novas tecnologias e uso de inteligência artificial. Desde sua criação, em 2017, a Rota vem se expandindo e agora passa a contar com 13 polos distribuídos em todas as regiões do país. Indicação Geográfica “A chegada da Rota do Mel à Paraíba consolida o reconhecimento do potencial dessa região para o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva do mel. O semiárido paraibano, com sua flora rica e clima propício, reúne condições ideais para a produção de méis orgânicos e de qualidade superior, como o mel de Marmeleiro, com potencial para conquistar uma Indicação Geográfica”, afirmou Joaquim Carneiro, coordenador-geral de Arranjos Produtivos e Inovadores do MIDR. O novo polo contempla municípios das regiões intermediárias de Patos e Sousa-Cajazeiras e foi validado com base nos critérios da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), que serve como diretriz para todas as políticas públicas da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR). Dentre as ações do Programa das Rotas de Integração Nacional, estão a organização socioprodutiva ativa, potencial de inovação, representatividade socioeconômica e convergência de ações públicas e privadas. Certificação e comercialização Mesmo com grande potencial, a apicultura na Paraíba ainda enfrenta desafios importantes que o novo polo pretende superar com apoio técnico e institucional. A certificação das casas de mel é um dos principais gargalos. Sem esse reconhecimento sanitário, os apicultores não conseguem legalizar a produção nem acessar mercados formais. Outro obstáculo relevante é a dificuldade de comercialização para outros estados, o que limita a expansão econômica do setor. “Essas questões estão no centro das ações que queremos implementar no polo. Resolver a certificação das unidades de beneficiamento e abrir canais para comercialização interestadual são passos fundamentais para dar escala e sustentabilidade à produção local”, destacou Joaquim Carneiro. Expomel A Expomel foi organizada pela Prefeitura Municipal de Maturéia e pela Câmara de Vereadores, com apoio de instituições como SENAR, SEBRAE, UFPB, INSA, CODEVASF, Fiocruz, MCTI e bancos públicos. O evento contou ainda com a participação de diversas cooperativas e associações representativas da apicultura local, como a COASPA, Cooapil, Aspa, entre outras. A expectativa é que a criação do polo contribua para o fortalecimento das organizações de base, ampliação das boas práticas de manejo, valorização dos produtos locais, como o mel cremoso e o hidromel, e avance no reconhecimento da Indicação Geográfica do mel de Marmeleiro. Com a Paraíba agora integrada à Rota do Mel, o MIDR reforça seu compromisso com o desenvolvimento regional e a geração de renda por meio de cadeias produtivas sustentáveis e inclusivas. Rota do mel A Rota do Mel teve início em 2017 e é bem desenvolvida em várias regiões brasileiras, colecionando, até o momento, 13 polos em todo o país. A Rota apresenta grande potencial de gerar ocupação e renda, além de ser sustentável e com grande capacidade de encadeamento produtivo. Atualmente, há polos dessa rota no Pará, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, no Paraná, e, agora, na Paraíba. (Fonte: MIDR / Foto: Freepik)
Pesquisadores encontram vestígios de civilizações antigas e de mata atlântica na Caatinga paraibana
O Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração Rio Paraíba Integrado (Peld Ripa) tem revelado descobertas importantes sobre a história ambiental e a biodiversidade da Caatinga paraibana. Coordenado por universidades como UEPB, UFPB, UFV e Unioeste, o projeto conta com o apoio do Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior (Secties) e da Fundação de Apoio à Pesquisa (Fapesq), além de instituições federais como o CNPq, Capes e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. O financiamento do Peld Ripa é feito em ciclos de quatro anos. O primeiro, de 2021 a 2024, foi apoiado pelo Governo Estadual. Para o novo ciclo, de 2025 a 2028, o projeto será ampliado com recursos no valor de R$ 300 mil. “O Governo da Paraíba tem investido fortemente em ciência e tecnologia como um pilar para o desenvolvimento sustentável do nosso estado. Projetos como o Peld Ripa são fundamentais para entendermos as mudanças climáticas e seus impactos, além de nos proporcionar dados essenciais para a formulação de políticas públicas mais eficazes. Esse projeto, em parceria com a Secties e a Fapesq, tem sido um marco nas pesquisas sobre a Caatinga e os biomas que a cercam, proporcionando uma visão clara sobre as transformações ambientais e históricas da nossa região”, afirma o secretário de Estado da Secties, Claudio Furtado. De acordo com ele, a colaboração entre as universidades e as comunidades científicas é crucial para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, promover a conservação da biodiversidade e melhorar a qualidade de vida da população paraibana. “O Peld Ripa é, sem dúvida, um projeto que reflete o compromisso do Governo da Paraíba com a ciência e a preservação ambiental”, completou. Pesquisas realizadas pelo programa no Cariri paraibano demonstram que os lajedos e serrotes funcionam como museus naturais, preservando espécies da Caatinga que coexistem com vegetações típicas da Mata Atlântica, Cerrado e até da Floresta Amazônica. Isso indica que nesse período a região abrigava um corredor contínuo de Mata Atlântica que poderia ter se estendido até a Amazônia, formando uma transição entre biomas. Os estudos são coordenados pelo geógrafo Dr. Bartolomeu Israel de Souza, professor da UFPB, e envolvem investigações sobre desertificação, microclima e mudanças climáticas. Uma das descobertas mais marcantes foi a identificação de fósseis de araruta, planta nativa usada por comunidades indígenas. A grande quantidade encontrada sugere a existência de uma antiga plantação, o que aponta para a presença de uma comunidade fixa no local, há cerca de oito mil anos. Caatinga já foi ‘Mata Atlântica’ Seria possível árvores como jabuticabeiras, jatobás e ipês-roxos conviverem com mandacarus e juazeiros? Segundo Bartolomeu de Souza, sim. Esses encontros acontecem em áreas específicas nas bordas de lajedos e serrotes, onde se formam pequenos “oásis” que permanecem verdes mesmo durante longos períodos de seca. A presença de água acumulada e temperaturas mais amenas criam um microclima ideal para espécies com maior exigência hídrica. Essas áreas também chamam atenção da comunidade científica internacional. Além da flora diversa, os solos são ricos em matéria orgânica. Segundo Bartolomeu, a presença da araruta em grande escala reforça a hipótese de um clima mais úmido e vegetação densa há milhares de anos. “Com o tempo, o clima se tornou mais seco e quente, levando à dispersão dessas populações e ao declínio de espécies como a araruta”, explica o pesquisador. Os cientistas estimam que a Caatinga, como a conhecemos hoje, tenha menos de cinco mil anos. As mudanças atuais no clima, agora intensificadas pela ação humana, trazem novas perguntas: essas áreas de refúgio seriam capazes de recolonizar a Caatinga? Resistiriam à intensificação das secas? As respostas dependem da continuidade das pesquisas. “Enquanto ainda não há nada de concreto, o certo é que devemos preservar essas áreas”, alerta Bartolomeu. Entretanto, há um desafio: a legislação ambiental atual não contempla as bordas de lajedo como áreas de proteção. Iniciar um debate político sobre o tema é urgente, pois essas formações podem ser chave para o futuro da biodiversidade e para a conservação dos recursos hídricos da Caatinga. Universidades contribuem com políticas do Governo da Paraíba O Peld Ripa também tem apoiado ações estratégicas do Governo da Paraíba. Contribuiu com o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) da Ponte do Futuro, que ligará João Pessoa a Lucena, realizou estudos para a dragagem do Porto de Cabedelo e participa do monitoramento de 118 reservatórios em parceria com a Aesa-PB e a Cagepa. A UEPB é a instituição mantenedora do projeto, com participação ativa da UFPB, UFCG, IFPB e outras. Ao todo, cerca de 500 pesquisadores do Brasil e do exterior estão vinculados ao programa. A professora Joseline Molozzi, vice-coordenadora do projeto, destaca a articulação com ONGs, como o SOS Sertão Brasil e a Rede Maris, além da atuação em áreas de Restinga e projetos de restauração do mangue. A popularização da ciência é um dos eixos do projeto. Exposições em praças, capacitação de professores, visitas escolares às universidades e atividades itinerantes fazem parte do escopo. Destaque para o projeto “Jovem Cientista”, que já alcançou 14 cidades. Em quatro anos, o Peld Ripa publicou 13 artigos científicos de alto impacto, organizou mais de 10 eventos, dois livros e diversas cartilhas destinadas às comunidades locais. (Fonte: Secom PB / Fotos: Secom PB | Mano de Carvalho) Confira imagens: