Colunistas Rafaela Montenegro

O Papel dos Irmãos na Educação: Resgatando um Valor Essencial

Ao longo da história, sempre foi natural que os irmãos mais velhos participassem da Eucação dos mais novos. Esse convívio próximo ajudava a transmitir valores, a fortalecer os laços familiares e a preparar as crianças para a vida em sociedade. No entanto, nos dias atuais, essa prática tem sido cada vez mais questionada. Vemos um movimento crescente em que as crianças são criadas sem senso de coletividade, cheias de direitos, mas com cada vez menos deveres. Aqui, não estou falando sobre transferir a responsabilidade de criar ou cuidar de uma criança para o irmão mais velho. O papel dos pais é insubstituível. Mas isso não significa que os irmãos não possam auxiliar em tarefas simples e participar ativamente dessa construção. Ensinar um irmão mais novo a guardar os brinquedos, ajudá-lo com a lição de casa ou simplesmente consolá-lo em um momento difícil, são gestos que contribuem para a formação de adultos mais responsáveis e empáticos. O aprendizado que vem desse convívio vai muito além das tarefas do dia a dia. Ele ensina sobre paciência, generosidade e responsabilidade – habilidades essenciais para qualquer relação humana. Quando um irmão mais velho auxilia o mais novo, ele não está apenas ajudando; ele está aprendendo a se colocar no lugar do outro, a entender que faz parte de um todo e que sua presença tem impacto na vida daqueles ao seu redor. Criar filhos para o mundo é um desafio que vai além de oferecer conforto e oportunidades. Precisamos prepará-los para viver em sociedade, para compreender que suas ações importam e que a coletividade começa dentro de casa. Resgatar essa dinâmica entre irmãos não é sobre sobrecarregar, mas sobre ensinar, na prática, que a vida se constrói com respeito, união e empatia.

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Os olhos são as janelas da alma

Que faria eu hoje se, através desse texto, pudesse adentrar pelos seus olhos e ser absorvida até encontrar o seu coração? Eu desafiar-te-ia a ir além da lamentação ao enxergar o sofrimento alheio! O destrate natural ocorrido no Rio Grande do Sul me fez refletir sobre a dicotomia existente entre nós, seres humanos! Em meio ao mais completo caos, enquanto famílias inteiras eram resgatadas dos telhados, criminosos saqueavam residências que ficavam para trás. Onde havia dor e sofrimento pela perda irreparável de entes queridos e de sonhos desmoronados, foi possível também resgatar o melhor que existe em nós: a compaixão. Testemunhei pessoas comentando e compartilhado fotos e vídeos do desastre, como se a desgraça alheia fosse entretenimento (às vezes penso que dessa forma, podem esquecer pelos menos por alguns minutos das próprias dificuldades). Por outro lado, outros resolveram agir! Doar dinheiro, roupas, água, e por que não oração e palavras de força – “Vocês vão se reconstruir e nós os ajudaremos nessa missão!” Eu te pergunto agora, querido (a) leitor (a): -Você já fez a sua parte? – Se me permite, vou aproveitar que você continua comigo até aqui para ir além: o que você tem feito com a sua existência? Olhe para si e não precisa me responder agora! Isso já é papo para nossa próxima coluna!

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