Nome de Eduardo Paredes reaparece em investigação da PF sobre esquema da “Máfia dos Concursos”

O psicólogo Eduardo Henrique Paredes do Amaral, condenado a 12 anos de prisão pelo homicídio da defensora pública geral da Paraíba, Fátima Lopes, volta ao centro de uma nova polêmica. Desta vez, ele é investigado por suposto envolvimento em um esquema de fraude no Concurso Nacional Unificado (CNU), realizado em 2024 para cargos federais de alta concorrência.

Segundo apuração da Polícia Federal e do Ministério Público Federal (MPF), Eduardo Paredes teria sido beneficiado por uma organização criminosa conhecida como “Máfia dos Concursos”, que atuava fraudando provas por meio de repasses de gabaritos e uso de tecnologia avançada.

Gabarito idêntico e transferência suspeita

O nome de Eduardo Paredes chamou atenção após a identificação de gabaritos idênticos entre ele e outros dois candidatos investigados: Valmir Sousa e Ariosvaldo Júnior. Além disso, foi localizado um comprovante de transferência bancária de Eduardo para Laís Giselly, apontada como uma das líderes do esquema.

O MPF solicitou a anulação da aprovação de Paredes no concurso e o impedimento de sua posse no cargo de Auditor Fiscal do Trabalho. A investigação aponta que o grupo atuava principalmente no Sertão da Paraíba, com ramificações em outros estados.

Relembre o caso Fátima Lopes

Eduardo Paredes foi condenado por homicídio doloso após provocar um acidente de trânsito que matou a defensora pública Fátima Lopes, em 2010. Ele dirigia sob efeito de álcool e avançou um sinal vermelho. O caso teve grande repercussão na época e gerou debates sobre impunidade e responsabilidade penal.

Suspeita e apuração

A suposta reincidência de Eduardo Paredes em um novo escândalo levanta questionamentos sobre reabilitação penal, ética no serviço público e segurança em concursos federais. O uso de meios ilícitos para acessar cargos públicos compromete a credibilidade do sistema e pode gerar sanções administrativas, civis e penais.

A Polícia Federal segue apurando os vínculos entre os candidatos aprovados e os operadores do esquema. Novas denúncias e anulações de resultados podem ser formalizadas nos próximos dias. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução internet)

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