O economista indiano Indermit Gill disse com todas as letras, durante uma entrevista no início do mês de março de 2025, que “das grandes economias, o Brasil foi a mais mal gerida do mundo no ano passado”.

Chamo atenção para o fato de Gill não ser um mero curioso sobre o assunto, mas, sim, “o” economista-chefe do Banco Mundial.

Segundo a análise de Gill, o Brasil está gastando mais do que tem, se endividando ainda mais e vivendo a realidade de ter um PIB (Produto Interno Bruto) que avançou 3%, mas, ainda assim, possuir um déficit que já supera os 7%. Coisa nada boa.

Esses números, segundo o especialista, derrubam o valor do real fazendo com que, em dólares, o PIB per capita do país fique menor.

Por mais que a paixão de alguns por políticos e ideologias resista à uma percepção clara da realidade, o fato é que a economia brasileira, como um todo, está cada dia mais longe de onde deveria estar em comparação aos países de renda alta.

Dito isto, queridos (as), está na hora de perceber que não basta a manutenção de uma “paixão” ou defesa cega por esse ou aquele político. Não basta dançar ciranda numa praça ou rezar para um pneu. É preciso muito mais. É preciso abrir os olhos para o macro e perceber o que vem sendo feito com a economia do país.

E nem adianta “lulista” me chamar de “bolsonarista” e “bolsonarista” me chamar de “lulista” porque, assim como você, eu sou parte da população que fica, literalmente, no meio de devoções injustificáveis, sofrendo as consequências de “briguinhas” que passam à milhas e milhas de distância da razoabilidade.

Portanto, caro (o) leitor (a), em vez de apenas ouvir o que o político está dizendo – através de um discurso pensado, ensaiado e estratégico! – está mais que na hora de aprender a ouvir especialistas respeitados, acompanhar números da transparência pública, ver os efeitos da economia no próprio bolso e deixar de viver de ideologia, sorrisos e abraços, pois – pasmem! – são três termos que não põem comida na mesa.

Essa realidade da economia brasileira é cruel, principalmente, para quem é da classe média, setor cada vez mais com menor capilaridade porque carrega nas costas, há décadas, a responsabilidade de “minimizar” os desequilíbrios econômicos que afetam o país. 

Sim, porque, dos ricos ninguém tira, dos pobres não há quase mais nada para tirar… realidades que “naturalmente” jogam a cota de maior sacrifício para quem? Isso mesmo… para a classe média que é “empurrada”, cada vez mais, para muito perto daquele precipício que a faz olhar, de frente, para uma condição financeira menos favorável.

A solução para isso é votar certo. Iniciativa que, ao contrário do que muitos dizem, não é difícil. Só é trabalhosa… porque para “conhecer” um pouco mais os políticos que “nos representam” a gente tem que acompanhar a vida parlamentar de cada um. Ler proposituras. Conferir frequência. Ouvir/ler discurso feito por cada. Enfim, dá trabalho, como disse. Mas é um conjunto de ações necessárias. Muito necessárias. Vitalmente necessárias.

Enfim, acho que deu para começar a compreender de vez que, ou a gente começa a se envolver do jeito que pode para ajudar ao nosso país, que é a nossa casa… ou a situação pode ficar cada vez mais complicada… na nossa cara.

Quer a fonte da entrevista do indiano? Então, pega aí, clicando aqui.

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