O deputado estadual Tovar Correia Lima, em pronunciamento na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), fez duras críticas à condução dos processos da Operação Calvário e cobrou celeridade no julgamento das ações que envolvem o ex-governador Ricardo Coutinho (PT).

Correia Lima relembrou os momentos iniciais da Operação Calvário, destacando o clima tenso que tomou conta do Legislativo estadual devido às investigações envolvendo membros da antiga gestão. Segundo ele, era comum a expectativa de novas ações por parte do Ministério Público e da Polícia Federal.

O deputado manifestou preocupação com a possibilidade de prescrição dos processos, especialmente aqueles relacionados ao ex-governador. Ele citou o elevado número de magistrados que se declararam suspeitos para atuar nos casos, levantando questionamentos sobre as razões que levam juízes a evitarem o julgamento dessas ações.

Outra crítica feita pelo parlamentar foi a demora na tramitação dos processos. Correia Lima mencionou a declaração do presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), Oswaldo Trigueiro, que prometeu esforços para evitar a prescrição dos casos. No entanto, o deputado alertou que o tempo está se esgotando e destacou a importância do julgamento para que não se passe a impressão de impunidade às futuras gerações.

“Não podemos deixar para as novas gerações a mensagem de que o crime compensa”, afirmou o deputado, reforçando que há provas contundentes contra Ricardo Coutinho, como vídeos, áudios e documentos que evidenciam irregularidades.

O parlamentar também se mostrou indignado com a possibilidade de Ricardo Coutinho disputar um mandato eletivo novamente, representando a Paraíba no Congresso Nacional. Segundo ele, isso seria um motivo de constrangimento para o povo paraibano.

Ao final do discurso, Tovar Correia Lima desafiou Ricardo Coutinho para um debate público sobre as denúncias e os desdobramentos da Operação Calvário. “Se ele quiser debater comigo, olho no olho, estou à disposição, seja na rádio, aqui ou em qualquer lugar”, afirmou, ressaltando que continuará cobrando o julgamento dos processos e que, segundo ele, a justiça precisa dar uma resposta à sociedade.

(Fonte e fotomontagem: Portal da Capital)

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