Ministra critica ações do deputado e deve tratar do tema com presidentes do Congresso
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, quer se reunir nos próximos dias com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para discutir a situação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que pode ter o mandato cassado.
A articulação foi revelada após declarações incisivas de Gleisi, que acusou o parlamentar de cometer crime de lesa-pátria por ter colaborado com a aplicação de sobretaxas contra o Brasil, enquanto residia nos Estados Unidos durante seu período de licença parlamentar.
“Esse é o traíra. Comete o crime de lesa-pátria. Não tem direito de continuar deputado pelo Brasil”, afirmou Gleisi, que também defende que a Câmara adote medidas imediatas diante do encerramento da licença de Eduardo Bolsonaro.
Eduardo, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, ameaçou os chefes do Legislativo, ao dizer que ambos podem sofrer sanções caso não pautem o projeto de anistia para envolvidos nos atos de 8 de janeiro, data em que ele também é investigado judicialmente.
Mandato sob risco
Com o fim da licença oficial e a ausência de retorno ao exercício parlamentar, a cassação do mandato se tornou possível. A reunião entre Gleisi e os líderes do Congresso pode fortalecer os bastidores políticos para que o tema ganhe força na pauta legislativa.
Caminhos do Congresso
A eventual perda de mandato depende de deliberação formal da Câmara dos Deputados, mas o encontro entre Gleisi e Hugo Motta pode ser o primeiro passo de uma estratégia política para acelerar o processo.
(Fonte: redação Click100 com Folha / Imagem: reprodução CNN Brasil)