Água do Engenheiro Avidos é exclusiva dos paraibanos, afirma Ministério da Integração
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) divulgou nota oficial nesta segunda-feira (15/09) para desmentir informações falsas que circulam nas redes sociais sobre a transposição do Rio São Francisco na Paraíba. Segundo os boatos, o reservatório Engenheiro Avidos estaria sendo esvaziado para abastecer outros estados — o que, de acordo com o governo federal, não corresponde à realidade.
A Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH) esclareceu que toda a água acumulada no sistema Engenheiro Avidos/São Gonçalo é proveniente das chuvas e destinada exclusivamente aos usuários locais. O uso, conforme chegou a redação Click100, é definido anualmente por meio de um termo de alocação de água, elaborado em conjunto com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (AESA), o Comitê de Bacia e os próprios usuários.
“Toda água acumulada nos reservatórios de Engenheiro Avidos e São Gonçalo pertence ao sistema local. A transposição não dispõe dessa água para realizar entregas a outros estados”, afirmou Bruno Cravo, diretor do Departamento de Projetos Estratégicos da SNSH.
“A transposição não está pegando sua água. O que vai para o Rio Grande do Norte é água que a própria transposição coloca no sistema”, completou.
Como funciona o sistema de alocação
O termo de alocação é renovado a cada ano hidrológico, que vai de junho a maio, e define os usos prioritários da água com base em três cenários: verde, amarelo e vermelho — conforme o volume acumulado e o regime de chuvas. Em 2025, o cenário vigente é o amarelo, que garante 100% do abastecimento humano e dos usos prioritários, mas impõe restrições para transferências entre reservatórios.
Neste ciclo, foi autorizada a transferência de 50 milhões de metros cúbicos do Engenheiro Avidos para o reservatório São Gonçalo, destinados à irrigação e abastecimento local. Além disso, a entrega de água da transposição para a Paraíba, aprovada pela ANA, foi concluída em agosto, totalizando 29 milhões de metros cúbicos.
Segurança hídrica e combate à desinformação
O esclarecimento do MIDR reforça o compromisso do governo federal com a transparência e a segurança hídrica no Nordeste. A transposição do São Francisco, segundo o órgão, tem como objetivo garantir abastecimento sustentável para os estados beneficiados, sem comprometer os recursos hídricos locais.
“A transposição está aqui para garantir abastecimento e sustentabilidade. É um compromisso do governo federal em dar segurança a esse projeto tão importante para os nordestinos”, declarou Bruno Cravo.
A nota oficial também serve como alerta para o risco da disseminação de fake news em temas sensíveis como o acesso à água, especialmente em regiões semiáridas como o sertão paraibano. O MIDR orienta que informações sobre o projeto sejam consultadas em fontes oficiais e canais institucionais.
Confira a íntegra da Nota:
“Circulam nas redes sociais informações falsas de que a transposição do Rio São Francisco estaria retirando água do reservatório Engenheiro Avidos, na Paraíba, para abastecer outros estados. A informação não procede. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica (SNSH), esclarece que a água acumulada no sistema Engenheiro Avidos/São Gonçalo é proveniente das chuvas e destinada exclusivamente aos usuários locais, conforme definido em termo de alocação de água.
Esse termo é renovado a cada ano hidrológico (que vai de junho a maio) e estabelece, junto com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA), e o Comitê de Bacia e os usuários, como será feita a utilização da água do sistema.
“Toda água acumulada nos reservatórios de Engenheiro Avidos e São Gonçalo pertence ao sistema local. A transposição não dispõe dessa água para realizar entregas a outros estados”, afirmou o diretor do Departamento de Projetos Estratégicos da SNSH, Bruno Cravo. Ele reforçou que os paraibanos podem ficar tranquilos: “A transposição não está pegando sua água. O que vai para o Rio Grande do Norte é água que a própria transposição coloca no sistema”.
No atual ano hidrológico, classificado como “cenário amarelo”, há garantia de 100% do abastecimento humano e dos usos prioritários, mas com restrições para transferências entre reservatórios. A metodologia de definição da alocação segue três cenários: verde, amarelo e vermelho, de acordo com o volume acumulado e a quadra chuvosa. Tais definições são estabelecidas pela ANA e demais componentes do Comitê de Alocação.
Em 2025, o termo de alocação determinou a transferência de 50 milhões de metros cúbicos do Engenho Avidos para o São Gonçalo, destinados à irrigação e abastecimento, conforme deliberação do comitê. Além disso, as entregas da transposição para a Paraíba, que haviam sido solicitadas e aprovadas pela ANA, foram concluídas em agosto, somando 29 milhões de metros cúbicos de água destinados ao sistema.
Segundo Cravo, o objetivo central do empreendimento é reforçar a segurança hídrica do Nordeste. “A transposição está aqui para garantir abastecimento e sustentabilidade. É um compromisso do governo federal em dar segurança a esse projeto tão importante para os nordestinos”.” (Imagem de capa: Ascom MIDR | Felipe Silva)