Deputado paraibano defende equilíbrio e enfrenta tentativa de obstrução liderada pelo PL
Em meio à escalada de tensões no Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), protagonizou uma reação firme e estratégica diante da tentativa de obstrução da sessão legislativa desta terça-feira (05/08). A movimentação partiu de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que exigem a votação de projetos de interesse bolsonarista — incluindo a anistia aos réus do 8 de Janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
A pressão ganhou força após a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro, acusado de envolvimento na trama golpista e de descumprir ordens restritivas.
Diante da ameaça de paralisação, Motta agiu com rapidez: ligou diretamente para o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), pedindo que a oposição não impedisse o andamento da sessão. O grupo, no entanto, condicionou qualquer diálogo à presença conjunta dos presidentes da Câmara e do Senado, Hugo Motta e Davi Alcolumbre.
Em entrevista à imprensa paraibana, o parlamentar reforçou sua postura institucional e o compromisso com o regimento interno. “Nós temos o colégio de líderes na Casa, que junto com a presidência faz a pauta. Seguirá sendo dessa forma. Absolutamente nada nos tirará dessa forma de agir”, declarou, em tom sereno, mas assertivo.
A fala de Motta também foi uma resposta direta ao primeiro vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), que ameaçou colocar em votação o projeto de anistia caso assumisse interinamente o comando da Casa. Motta não hesitou em reafirmar sua autoridade: “A Câmara dos Deputados tem funcionado e irá seguir funcionando, respeitando o regimento, a nossa Constituição, e sempre procurei agir em favor do nosso país.”
Questionado sobre possíveis sanções internacionais, como sugeriu Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Motta foi categórico: “Não tenho receio de qualquer colocação feita.”
Motta, no entanto, cancelou compromissos que tinha fora de Brasília e retornou às pressas para a Capital Federal para se inteirar da situação e tomar as devidas providências.
(Fonte: redação Click100 com informações da imprensa nacional / Foto: reprodução Ascom Insa)