Capital da Paraíba avança acima da média e região metropolitana ultrapassa 1,39 milhão de habitantes
A capital da Paraíba, João Pessoa, registrou crescimento populacional de 1,01% em 2025, segundo as Estimativas da População divulgadas nesta quinta-feira (28/08) pelo IBGE. O número supera a média nacional de 0,39% e coloca a cidade entre as capitais com maior taxa de expansão demográfica no país. A região metropolitana também avançou, atingindo 1.393.026 habitantes.
Crescimento acima da média e relevância regional
Com 897.633 habitantes, João Pessoa ocupa a 17ª posição entre as capitais brasileiras mais populosas. O crescimento de 1,01% é superior ao de grandes centros urbanos como São Paulo (0,08%), Rio de Janeiro (0,01%) e Brasília (0,47%). A região metropolitana da capital paraibana também apresentou desempenho expressivo, com alta de 0,88% em relação a 2024.
Segundo o gerente de Estudos e Análises da Dinâmica Demográfica do IBGE, Márcio Minamiguchi, “os resultados mostram uma desaceleração, o que já era indicado pelo Censo 2022 e pelas Projeções da População”. No entanto, cidades como João Pessoa seguem em trajetória de crescimento, impulsionadas por fatores como migração interna, expansão urbana e qualidade de vida.
Comparativo com outras capitais e regiões
João Pessoa se destaca entre as capitais nordestinas, superando Natal (-0,14%), Salvador (-0,18%) e Recife (0,04%). No cenário nacional, apenas Boa Vista (RR), Florianópolis (SC), Palmas (TO) e Cuiabá (MT) registraram taxas superiores.
Capital | População 2025 | Crescimento (%) |
---|---|---|
João Pessoa (PB) | 897.633 | 1,01% |
Natal (RN) | 784.249 | -0,14% |
Recife (PE) | 1.588.376 | 0,04% |
Salvador (BA) | 2.564.204 | -0,18% |
Fortaleza (CE) | 2.578.483 | 0,16% |
A região metropolitana de João Pessoa, que inclui municípios como Bayeux, Cabedelo e Santa Rita, figura entre as 30 maiores do país, com crescimento superior ao de regiões como Maceió (AL), Belém (PA) e Porto Alegre (RS).
Implicações legais e políticas públicas
Os dados populacionais divulgados pelo IBGE têm impacto direto na distribuição de recursos federais, especialmente no cálculo do Fundo de Participação dos Estados e Municípios (FPE e FPM), realizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Além disso, são referência para planejamento urbano, políticas de saúde, educação e infraestrutura.
A pesquisa considera alterações territoriais ocorridas após o Censo 2022 e tem como data de referência o dia 1º de julho de 2025.
“As capitais maiores, esses municípios mais centrais, em geral têm um entorno mais conurbado e perdem população para ele. O crescimento vai do centro para a periferia”, explica Márcio Minamiguchi, do IBGE. No caso de João Pessoa, o crescimento se dá tanto na capital quanto em sua região metropolitana. (Fonte: redação Click100 com IBGE / Foto: reprodução Secom PMJP)