Deputado diz que ex-governador atrapalha sua campanha e oferece empregos em suas bases
O deputado federal Luiz Couto (PT) revelou, na última sexta-feira (15/08), que estaria sendo alvo de ataques de caráter etarista por parte do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), com quem já compartilhou alianças políticas. A denúncia marca o rompimento de mais uma parceria histórica, como já ocorreu anteriormente entre Ricardo e Anísio Maia, Cida Ramos e, lá atrás, também com João Azevêdo e até com Cássio Cunha Lima, grande motivador e aliado que impulsionou Coutinho a sua primeira vitória como governador da Paraíba.
Em entrevista ao jornalista Alex Filho, da TV Master, Couto afirmou que lideranças políticas relataram movimentações de Ricardo em suas bases eleitorais, com promessas de emprego e insinuações sobre sua idade como fator de desqualificação política. “Fiquei triste porque em alguns lugares ele chegou e disse que eu tava muito velho. Isso pode ser motivo de punição pela Justiça”, declarou o parlamentar.
A fala de Luiz Couto expõe tensões internas no Partido dos Trabalhadores na Paraíba, especialmente diante da expectativa de disputa por uma vaga na Câmara Federal em 2026. “Ele desapareceu. A gente fez muito a defesa, agora nem sempre aquilo que a gente faz é reconhecido”, lamentou o deputado, que tem longa trajetória política e atuação reconhecida em pautas sociais e de direitos humanos.
Couto também criticou a suposta prática de cooptação de eleitores por meio de promessas de emprego. “Tem gente que quer entrar naquelas áreas prometendo emprego, então não podemos aceitar. Quem foi prefeito, quem foi governador, vá lá trabalhar, não vá atrapalhar os nossos companheiros e companheiras que estão lutando para dar a condição para que nós possamos continuar sendo deputado federal”, afirmou.
O episódio reacende o debate sobre práticas políticas consideradas antiéticas e sobre o respeito à trajetória de lideranças históricas dentro dos partidos. A acusação de etarismo, em especial, levanta questionamentos sobre o uso da idade como argumento para desqualificar adversários, o que pode configurar discriminação e ser passível de sanção judicial.
A ruptura entre Luiz Couto e Ricardo Coutinho representa mais um capítulo de desgaste político entre figuras que já estiveram alinhadas em projetos eleitorais e institucionais. A disputa por espaço e influência dentro do PT paraibano promete se intensificar à medida que se aproximam as eleições de 2026.
(Fonte: redação Click100 com entrevista concedida à TV Master / Imagem: reprodução internet)
