Redistribuição será feita após Vara passar a atender exclusivamente vítimas vulneráveis

A 4ª Vara Criminal de João Pessoa suspendeu temporariamente o processo contra o padre Egídio de Carvalho, acusado de lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, em razão de uma mudança administrativa no Judiciário paraibano.

A decisão foi proferida pela juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, que determinou a suspensão da ação penal em curso contra o religioso. O motivo é a entrada em vigor de uma nova resolução do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), que transforma a 4ª Vara Criminal em unidade exclusiva para ações que envolvem vítimas vulneráveis. A norma passa a valer a partir de 1º de setembro.

Com isso, o processo será redistribuído para outro juízo competente, já que não há disponibilidade na agenda da Vara atual para realização da audiência de instrução até o fim de agosto. A tramitação será retomada normalmente após a redistribuição.

Antes de decidir pela suspensão, a magistrada rejeitou uma série de alegações apresentadas pela defesa do padre Egídio. Os advogados tentaram anular o processo com base em supostas irregularidades na obtenção de provas, como alegações de “pescaria probatória”, uso de documentos sem origem clara e quebra da cadeia de custódia de provas digitais. Também foi questionada a legalidade das buscas e apreensões realizadas com base em denúncia anônima.

Apesar dos argumentos, a Justiça da Paraíba manteve o andamento da ação penal, reforçando que a suspensão tem caráter exclusivamente administrativo e não interfere no mérito da acusação.

(Fonte: redação Click100 com TJPB – 4ª Vara Criminal de João Pessoa / Imagem: reprodução internet)

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