Ao longo da história, sempre foi natural que os irmãos mais velhos participassem da Eucação dos mais novos. Esse convívio próximo ajudava a transmitir valores, a fortalecer os laços familiares e a preparar as crianças para a vida em sociedade.
No entanto, nos dias atuais, essa prática tem sido cada vez mais questionada. Vemos um movimento crescente em que as crianças são criadas sem senso de coletividade, cheias de direitos, mas com cada vez menos deveres.
Aqui, não estou falando sobre transferir a responsabilidade de criar ou cuidar de uma criança para o irmão mais velho.
O papel dos pais é insubstituível.
Mas isso não significa que os irmãos não possam auxiliar em tarefas simples e participar ativamente dessa construção. Ensinar um irmão mais novo a guardar os brinquedos, ajudá-lo com a lição de casa ou simplesmente consolá-lo em um momento difícil, são gestos que contribuem para a formação de adultos mais responsáveis e empáticos.
O aprendizado que vem desse convívio vai muito além das tarefas do dia a dia. Ele ensina sobre paciência, generosidade e responsabilidade – habilidades essenciais para qualquer relação humana.
Quando um irmão mais velho auxilia o mais novo, ele não está apenas ajudando; ele está aprendendo a se colocar no lugar do outro, a entender que faz parte de um todo e que sua presença tem impacto na vida daqueles ao seu redor.
Criar filhos para o mundo é um desafio que vai além de oferecer conforto e oportunidades.
Precisamos prepará-los para viver em sociedade, para compreender que suas ações importam e que a coletividade começa dentro de casa. Resgatar essa dinâmica entre irmãos não é sobre sobrecarregar, mas sobre ensinar, na prática, que a vida se constrói com respeito, união e empatia.