Setores de serviços e indústria impulsionam geração de vagas com carteira assinada na Paraíba
A Paraíba registrou saldo positivo de 2.247 empregos com carteira assinada em julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), analisados pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O desempenho reforça a tendência de crescimento do mercado de trabalho formal na região, que respondeu por 30% do saldo nacional no período.
O resultado paraibano integra o saldo regional de 39.038 postos líquidos de trabalho, fruto de 322.018 admissões e 282.980 desligamentos no Nordeste. A participação da região no total nacional — que foi de 129.775 vagas — cresceu de 22% em junho para 30,1% em julho, mesmo com a desaceleração do mercado brasileiro.
Segundo o superintendente da Sudene, Francisco Alexandre, “o Nordeste apresenta um mercado dinâmico, que mostra a força dos setores produtivos da região e a importância das políticas de retomada econômica lideradas pelo Governo Federal”.
O setor de serviços foi o principal responsável pela geração de empregos na Paraíba, com destaque para atividades administrativas e serviços complementares, que somaram 1.051 vagas — cerca de 20% do total estadual. Esse segmento também concentrou 85% do desempenho regional, junto com Bahia e Pernambuco.
A indústria também teve papel relevante, com saldo positivo de 785 novos postos de trabalho. O número reforça a recuperação gradual do setor, que apresentou crescimento em todos os estados nordestinos.
Outros setores com impacto na Paraíba:
Saúde: inserida no saldo regional de 3.339 vagas, com participação significativa da Paraíba
Construção civil: embora os dados estaduais não estejam detalhados, o setor cresceu 15% na região
Comércio e agropecuária: apresentaram desempenho mais modesto no estado, com destaque regional em outros estados
Implicações e perspectivas para a Paraíba
O saldo positivo de julho indica que a Paraíba acompanha a retomada econômica do Nordeste, com destaque para setores que tradicionalmente sustentam o mercado local. A geração de empregos formais é um indicador relevante para políticas públicas e para o planejamento de investimentos privados.
A análise técnica foi conduzida por José Farias (economista), Gabriela Nascimento (estatística) e Wellington Mariano (estagiário de Economia), da coordenação-geral de Estudos e Pesquisas da Sudene. (Fonte e foto: Sudene)
