Nova fase da Operação Sem Desconto expõe esquema ilegal com impacto direto na Paraíba
A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) deflagraram nesta quinta-feira (13/11) uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. A Paraíba está entre os 17 estados onde foram cumpridos mandados judiciais.
Segundo a CGU, o foco da operação é desarticular uma organização criminosa que atuava inserindo dados falsos em sistemas oficiais para aplicar descontos indevidos nos benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas. Os crimes investigados incluem estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação de patrimônio.
Ao todo, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão preventiva, além de outras medidas cautelares. As ações ocorreram em estados como Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins, no Distrito Federal e, com destaque, na Paraíba.
A CGU informou que as investigações apontam para a atuação de entidades que, sem autorização dos beneficiários, realizavam descontos mensais em folha de pagamento, simulando filiações a associações ou sindicatos. “Trata-se de um esquema que lesa diretamente a renda de aposentados e pensionistas, muitos dos quais sequer tinham conhecimento das cobranças”, afirmou a CGU em nota oficial.
A população pode colaborar com as investigações por meio da plataforma Fala.BR, mantida pela Ouvidoria-Geral da União. As denúncias podem ser feitas de forma anônima. Para isso, basta selecionar a opção “Não identificado” no formulário eletrônico, marcar “Operações CGU” como assunto e indicar o nome da operação e o estado correspondente — neste caso, a Paraíba.
A operação reforça a importância da fiscalização contínua sobre os sistemas de concessão de benefícios e a necessidade de mecanismos mais eficazes de proteção aos dados dos segurados. A atuação conjunta entre CGU e PF evidencia o esforço institucional para coibir práticas ilícitas que afetam diretamente a integridade do sistema previdenciário brasileiro. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução Ascom CGU)
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