Obras iniciadas prometem dobrar vazão de água e reforçar abastecimento no estado

Começaram nesta quarta-feira (5) as obras para duplicar a capacidade de bombeamento do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), iniciativa que promete reforçar o abastecimento hídrico da Paraíba e de outros estados do Nordeste. A medida integra o Novo PAC e representa um investimento de R$ 500 milhões.

A produção dos condutos das estações de bombeamento EBI-1, EBI-2 e EBI-3 teve início na fábrica da GM5 Indústria de Tubos, em Cascavel (CE). A ampliação prevê a instalação de 674 metros de tubulações com diâmetros entre 1.800 e 3.000 milímetros, totalizando quase 1.000 toneladas. Serão mobilizadas 190 carretas para transporte e cerca de 225 trabalhadores diretos e indiretos.

Segundo o secretário nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Vieira, a ordem de serviço foi dada pelo presidente Lula em junho, no município de Salgueiro (PE). “Essa é uma prioridade do governo na agenda de segurança hídrica: aumentar o volume de água disponível no Eixo Norte”, afirmou Vieira.

A meta é dobrar a vazão atual de 24 m³/s para 50 m³/s, ampliando a capacidade de atendimento dos ramais do Apodi e do Salgado, que também estão em fase de implementação.

“Estamos na fase de fabricação dos condutos, um equipamento fundamental para o funcionamento da ampliação da capacidade do bombeamento”, destacou Bruno Cravo, diretor do Departamento de Projetos Estratégicos da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica.

“Com esse investimento do Novo PAC, o Projeto de Integração do São Francisco ganha mais capacidade operacional para atender as 12 milhões de pessoas já beneficiadas e ampliar o alcance do abastecimento de água no Nordeste”, completou Cravo.

Estado diretamente beneficiado

A Paraíba está entre os estados diretamente beneficiados pela ampliação do Eixo Norte, ao lado de Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A obra é considerada estratégica para garantir segurança hídrica a mais de 14 milhões de habitantes da região, especialmente em áreas vulneráveis à escassez de água.

Além de reforçar o abastecimento, o projeto fortalece a infraestrutura hídrica regional e pode reduzir a dependência de fontes locais instáveis, como açudes e poços. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: Ascom MIDR | Júnior Rosa)

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