Sóstenes Cavalcante avisou que cobrará pauta na próxima reunião de líderes da Câmara
Após a confirmação da pré-candidatura de Lula à reeleição em 2026 e a publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condena Jair Bolsonaro por envolvimento na trama golpista de 8 de janeiro, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou que voltará a pressionar o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pautar o projeto de anistia. A cobrança será feita na próxima reunião de líderes, marcada para a semana que vem.
Tensões
A declaração de Sóstenes repercutiu na imprensa nacional e reacendeu tensões no Congresso. Segundo o parlamentar, o PL pretende retomar a ofensiva pela votação da proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas, aproveitando o novo cenário político e jurídico.
“Alinhamos com o Hugo Motta que vamos construir com o centro antes. Quando pedir para pautar, vamos aprovar com mais de 290 votos”, afirmou Sóstenes à coluna de Igor Gadelha, no portal Metrópoles.
A publicação do acórdão pelo STF abre prazo para os últimos recursos da defesa de Bolsonaro, consolidando juridicamente a condenação por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Condenações já confirmadas em instâncias superiores
A proposta de anistia é considerada altamente sensível e polarizadora. Sua eventual votação pode impactar o equilíbrio institucional entre os Poderes, a credibilidade do sistema de Justiça e o ambiente político às vésperas das eleições de 2026.
O PL, partido de Bolsonaro, busca reverter condenações já confirmadas em instâncias superiores. A estratégia envolve articulação com o centrão e pressão direta sobre a presidência da Câmara.
Estratégia legislativa
A fala de Sóstenes indica que o partido pretende usar o calendário político e os desdobramentos judiciais como gatilho para mobilizar apoio à proposta. A articulação com líderes partidários será determinante para viabilizar a votação em plenário.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, ainda não se manifestou publicamente sobre a retomada da pressão. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução Agência Câmara | Kayo Magalhães)
