Multa de até 10 vezes a tarifa é suspensa até 8 de outubro após críticas e pressão de comerciantes

A Prefeitura de João Pessoa anunciou nesta segunda-feira (22/09) a suspensão da taxa punitiva de R$ 30 aplicada a usuários da Zona Azul que excediam o tempo de permanência nas vagas rotativas. A medida, que podia representar uma cobrança até dez vezes superior à tarifa padrão de R$ 3 por hora, foi alvo de críticas de comerciantes e usuários do sistema.

Vale a pena lembrar que a redação Click100 foi a primeira a alertar publicamente sobre o caráter abusivo da cobrança, que alcançaria até 10 vezes o valor da tarifa. O alerta foi feito logo a partir do título: Zona Azul começa a cobrar em João Pessoa: multa pode chegar a 10 vezes a tarifa. A editora do Portal Click100, jornalista Adriana Costa, também fez outros questionamentos muito oportunos em sua coluna, através do texto: A Zona Azul está de volta em João Pessoa, mas é uma boa mesmo? (Clique nos títulos e confira os textos)

Nesta segunda (22/09), durante entrevista, o prefeito em exercício Leo Bezerra (PSB), confirmou que o período educativo foi prorrogado até o dia 8 de outubro, e até lá não haverá aplicação da multa. “Até oito de outubro não teremos a multa de R$ 30. O aumento do tempo máximo de duas para quatro horas, podendo ser renovado, caso a pessoa queira sair daquela vaga e ir para outra vaga, pode ir tranquilo. Vamos fazer o recadastramento dos moradores, essas são as principais mudanças”, afirmou.

Além da suspensão da taxa, a gestão municipal ampliou o tempo máximo de permanência nas vagas rotativas de duas para quatro horas, mantendo os valores de R$ 3 por hora e R$ 1,50 por meia hora. A medida busca atender às demandas do comércio local, que vinha sendo impactado pela rotatividade excessiva e pelas penalidades aplicadas aos clientes.

Moradores do Centro Histórico também poderão se cadastrar na Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP) para garantir isenção ou condições diferenciadas. O recadastramento será regulamentado por decreto e servirá como base para futuras definições.

Leo Bezerra reforçou que o objetivo das mudanças é garantir mobilidade urbana sem penalizar o cidadão. “Não é para arrecadar. É para dar mobilidade e ajudar quem quer comprar e quem quer vender”, declarou.

A suspensão da taxa punitiva representa um avanço no diálogo entre poder público e sociedade civil, além de reforçar o papel da imprensa local na fiscalização de medidas que afetam diretamente o cotidiano dos cidadãos. (Imagem de Capa: Freepik Wirestock)

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