Projeto federal une preservação arquitetônica e direito à moradia em ação inédita na Paraíba

O antigo prédio do Ipase, localizado no Ponto de Cem Réis, em João Pessoa, será revitalizado e convertido em moradia popular para 50 famílias paraibanas. A ação integra o Programa Imóvel da Gente, do Governo Federal, em parceria com o Minha Casa, Minha Vida – Entidades, e marca um avanço na política de destinação de imóveis da União para fins sociais e de requalificação urbana.

Com sete pavimentos e área construída de 5.479,39 m², o edifício histórico será adaptado por meio de um processo de retrofit — técnica que preserva as características arquitetônicas originais enquanto moderniza a estrutura para uso residencial. O imóvel, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (IPHAEP), foi concedido à União por Moradia Popular da Paraíba (UMP/PB) sob o regime de Concessão de Direito Real de Uso (CDRU).

A iniciativa busca garantir moradia digna para famílias de baixa renda, ao mesmo tempo em que contribui para a revitalização do centro urbano da capital paraibana. As unidades habitacionais ficarão próximas a escolas, comércios e serviços públicos, promovendo inclusão social e acesso à infraestrutura urbana.

“A Paraíba tem sido protagonista na reocupação de áreas centrais com uso habitacional. Este projeto é um exemplo de como o patrimônio público pode ser transformado em benefício direto para a população”, afirmou Carolina Stuchi, secretária do Patrimônio da União, durante visita técnica realizada em 4 de outubro.

O evento contou com a presença do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, além de representantes da Caixa Econômica Federal, do IPHAN, da Associação dos Ambulantes da Paraíba e de secretarias municipais. O grupo, conforme checou a redação Click100, também visitou as obras do futuro Parque Socioambiental no antigo Lixão do Roger, reforçando o compromisso com a requalificação urbana.

O Programa Imóvel da Gente já destinou cerca de 1.300 imóveis em todo o país, beneficiando mais de 400 mil famílias. Na Paraíba, foram 22 imóveis distribuídos em 12 municípios, com impacto direto na vida de mais de 190 famílias. A proposta é democratizar o uso de bens públicos ociosos, direcionando-os para políticas de habitação, educação, saúde, cultura e assistência social. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução A União)

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