Em reunião nesta segunda-feira (22), a Diretoria Colegiada da Sudene aprovou o primeiro financiamento do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para um empreendimento do setor turístico. Essa medida é fruto de um movimento realizado pela gestão para diversificar a carteira de projetos do FDNE, muito concentrada em projetos de infraestrutura, especialmente de produção e distribuição de energias renováveis.
“Essa aprovação contempla um segmento que temos buscado dar uma atenção pelo que representa o turismo para o Nordeste por seu potencial de empregabilidade e geração de renda”, afirmou o superintendente da Sudene, Danilo Cabral. Ele acrescentou que um empreendimento hoteleiro impacta toda a cadeia produtiva, gerando oportunidades para o setor de serviços e da economia criativa, por exemplo. “Por isso, é fundamental que a Sudene apoie o turismo, com seus instrumentos de ação”, destacou.
O crédito aprovado foi de R$ 50 milhões para Jampa Ocean Palace Resort, que fará um investimento total de R$ 247,6 milhões para a instalação de um resort que operará no formato “all inclusive” no polo turístico do Cabo Branco, em João Pessoa (PB). Contará com uma estrutura com quase 50 mil metros quadrados de área construída, com 479 apartamentos. O agente operador do financiamento será o Banco do Nordeste.
De acordo com o diretor de Fundos e Incentivos Fiscais da Sudene, Heitor Freire, a empresa responsável pelo empreendimento é consolidada no ramo de hotelaria, inclusive com instalações em outros estados, como no Rio Grande do Norte. “No pós-obra, eles devem empregar cerca de mil pessoas, o que nos dá muito orgulho a aprovação deste financiamento, por sua capacidade de gerar emprego e renda para nossa área de atuação”, comentou.
A criação do polo turístico do Cabo Branco é um projeto do Governo da Paraíba, que destina ao todo 35 lotes para o desenvolvimento do maior complexo turístico planejado do Nordeste. O polo está situado em uma área de 654 hectares, em uma região privilegiada da cidade, dentro da área urbana e próximo a diversos pontos turísticos. O complexo contará com resorts, parque aquático, animação e equipamentos de comércio e serviços. Segundo estimativas do governo paraibano, o polo deve receber R$ 1,2 bilhão em investimento, gerando mais de 12 mil empregos no estado.
Liberação
Também foi aprovada, durante a reunião, a liberação da quarta parcela do financiamento da empresa Liasa (Ligas Alumínio S.A.) no valor de R$ 3,8 milhões. Os recursos foram aplicados na ampliação da capacidade produtiva da fábrica de silício metálico da Liasa, localizada no município de Pirapora (MG). O investimento total é de R$ 364,3 milhões e o pleito de financiamento do FDNE fica em 26% desse valor (R$ 95,8 milhões). A expectativa é de que sejam gerados 2.560 empregos diretos e indiretos. O agente operador do projeto é o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).