Aliados de Lula dizem que presidência da Câmara tem gerado desgaste e preocupação em Brasília
A conduta do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos‑PB), voltou a provocar repercussão negativa na imprensa nacional e a gerar desconforto no Palácio do Planalto. Segundo uma matéria publicada nesta segunda-feira (15/12), a semana não começa tão boa para o paraibano, uma vez que aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizem que Motta tem se mostrado imprevisível e sem rumo.
Bagunça, instabilidade e redução de confiança
Fontes próximas ao governo relatam que episódios recentes — como pautas em horários atípicos, votações polêmicas e a sequência de cassações de parlamentares — reforçaram a percepção de instabilidade. Para o Planalto, a soma desses episódios tem prejudicado o diálogo institucional e reduzido a confiança em Motta como interlocutor político. A situação ganhou maior visibilidade após registros de confrontos verbais com jornalistas e vídeos que circularam em grupos políticos, ampliando a repercussão pública.
Fragilização do paraibano
A crise de imagem tem implicações práticas:
• Articulação legislativa: a falta de confiança pode dificultar a negociação de pautas prioritárias do governo;
• Base política: a instabilidade pode fragilizar a posição de Motta junto ao centrão e a outras bancadas;
• Imagem pública: episódios de confronto e decisões controversas alimentam críticas na mídia e entre eleitores.
Ação. reação e possibilidades
A assessoria de Hugo Motta tem sido procurada por representantes da imprensa nacional, mas segundo relatos, não têm se manifestado sobre o assunto seguindo, porém, com acesso ao espaço aberto para comentários. No Planalto, a crítica tem sido externada por interlocutores do presidente mais do que pelo próprio Lula, que evita declarações públicas por protocolo. Ainda assim, aliados avaliam que a relação de confiança está abalada e que Motta tem resistido a compromissos eleitorais locais, o que também alimenta a desconfiança.
Especialistas consultados por veículos nacionais apontam que episódios de descontrole público e decisões tomadas sem ampla articulação política tendem a reduzir capital político e a abrir espaço para críticas tanto à esquerda quanto à direita. Para reverter o desgaste, analistas sugerem medidas como maior previsibilidade na condução das pautas, diálogo ampliado com líderes partidários e transparência sobre critérios de decisão.
A continuidade do desgaste pode afetar a capacidade da Câmara de aprovar medidas econômicas e sociais consideradas prioritárias pelo governo, além de influenciar alianças regionais e a agenda eleitoral de 2026. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: divulgação Agência Câmara | Kayo Magalhães)
