Fenômeno se intensifica no Nordeste e coloca Paraíba em sua pior condição desde 2020
A Paraíba enfrenta um agravamento da seca grave, que já atinge 54% do território estadual, segundo dados atualizados do Monitor de Secas. O índice representa a pior condição desde janeiro de 2020, quando 65% do estado estavam sob o mesmo nível de severidade.
De acordo com o Monitor de Secas, entre junho e julho, o Brasil registrou intensificação do fenômeno em 14 estados, com destaque para Alagoas, Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo. Em contrapartida, houve abrandamento da seca apenas no Amazonas e em Sergipe.
Outras oito unidades da Federação mantiveram estabilidade na severidade da seca: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Tocantins. O Amapá e o Mato Grosso seguem livres do fenômeno, enquanto Roraima deixou de registrar seca, graças ao volume de chuvas acima da média.
Situação crítica na Paraíba
Na Paraíba, o cenário é preocupante. Entre maio e julho, a área afetada pela seca se manteve em 87% do território estadual. No intervalo entre junho e julho, houve leve intensificação: a seca grave passou de 52% para 54%, segundo o Monitor de Secas. Esse avanço marca a pior condição desde janeiro de 2020, quando 65% do estado enfrentavam seca grave.
Apesar da estabilidade na área total com seca, o aumento da severidade indica um agravamento das condições climáticas e hídricas, com impactos diretos na agricultura, abastecimento e qualidade de vida da população paraibana.
Análise regional e implicações
A manutenção da área com seca em 87% do estado, aliada ao crescimento da seca grave, sugere que os efeitos do fenômeno estão se aprofundando, mesmo sem expansão territorial. Esse padrão também foi observado em outros estados como Bahia, Espírito Santo, Pernambuco e Piauí, onde a área afetada permaneceu estável, mas a severidade aumentou.
O Monitor de Secas é uma ferramenta essencial para o acompanhamento da evolução do fenômeno e subsidia políticas públicas voltadas à mitigação dos impactos da estiagem, especialmente no semiárido nordestino.
(Fonte: redação Click100 com MS / Foto: MS)