Novo partido poderá disputar eleições e acessar recursos públicos após registro oficial no TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, nesta terça-feira (04/11), o registro oficial do estatuto do Partido Missão que conseguiu 4.958 apoiamentos na Paraíba de um total de 589.998 no país inteiro. Com isso, a legenda passa a integrar oficialmente o sistema partidário brasileiro como o 30º partido político em atividade, adotando o número 14 para fins eleitorais.

O processo de criação do Missão seguiu os critérios estabelecidos pela Lei nº 9.096/1995 (Lei dos Partidos Políticos) e pela Resolução TSE nº 23.571/2018. A legenda foi registrada em cartório civil em 23 de outubro de 2023 e apresentou 577.999 apoios válidos — número superior ao mínimo exigido de 0,5% dos votos válidos na última eleição para a Câmara dos Deputados.

Além disso, o partido comprovou a constituição de diretórios estaduais em pelo menos nove unidades da Federação, atendendo ao requisito de caráter nacional.

Direitos adquiridos com o registro

Com o deferimento do TSE, o Missão passa a ter direito a:

  • Lançar candidatos em eleições
  • Receber recursos do Fundo Partidário
  • Acesso gratuito à propaganda eleitoral no rádio e na televisão

Ajustes exigidos pelo TSE

Durante o julgamento, o relator do processo, ministro André Mendonça, apontou duas adequações necessárias no estatuto do partido:

  1. Revogação do parágrafo 3º do artigo 63, que permitia aos diretórios estaduais abdicar da cota do Fundo Partidário — cláusula considerada incompatível com a orientação do TSE.
  2. Revisão do artigo 72, para incluir normas específicas de prevenção e combate à violência política contra a mulher, conforme determina o artigo 15 da Lei nº 9.096/1995.

“O referido dispositivo estatutário é incompatível com a orientação deste Tribunal e deve ser suprimido”, afirmou Mendonça ao justificar a exigência de mudanças.

O partido tem 90 dias para realizar os ajustes solicitados.

Processo de criação de partidos

Para obter o registro no TSE, uma legenda precisa:

  • Ter personalidade jurídica reconhecida em cartório
  • Comprovar apoiamento mínimo de eleitores não filiados (0,5% dos votos válidos para a Câmara, distribuídos por ao menos um terço dos estados)
  • Ter 101 ou mais fundadores com domicílio eleitoral em pelo menos um terço das unidades federativas
  • Publicar o estatuto e programa partidário no Diário Oficial da União

Implicações políticas

A entrada do Missão no cenário político amplia o leque de opções partidárias e pode influenciar a dinâmica das eleições futuras, especialmente com a legenda 14 disponível para novos candidatos. A homologação também reforça o papel do TSE na regulação e fiscalização da criação de partidos, garantindo que novas siglas cumpram os requisitos legais e constitucionais.

Detalhes sobre o Partido Missão:

  • Nome oficial: Partido Missão (Missão)
  • Número eleitoral: 14
  • Ligação: Fundado pelo Movimento Brasil Livre (MBL)
  • Registro aprovado: 4 de novembro de 2025, por unanimidade no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
  • Assinaturas válidas: Cerca de 578 mil, superando o mínimo exigido de 547 mil
  • Direitos adquiridos:
    • Participar de eleições
    • Receber recursos dos fundos partidário e eleitoral
    • Acesso à propaganda gratuita no rádio e na TV
    • Exclusividade sobre nome, número e símbolos

O partido foi idealizado por jovens ligados ao MBL com o objetivo de ampliar sua atuação política institucional. Segundo o advogado Arthur Rollo, que defendeu o registro no TSE, o partido nasceu do desejo de “buscar melhores condições para o país” por meio da organização partidária. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução internet)

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