Consepe aprova retorno remoto; DCE pede redução do calendário acadêmico

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) aprovou, em sessão extraordinária realizada na tarde desta terça-feira (09/12), o novo calendário acadêmico após o fim da greve dos professores. As aulas retornam nesta quarta-feira (10/12), em formato remoto e assíncrono, enquanto o Diretório Central dos Estudantes (DCE) propôs a diminuição do calendário para reduzir impactos no semestre. (Assista a íntegra da reunião ao final desta matéria)

Retorno remoto e assíncrono

A decisão da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) levou em conta a redução da circulação de transportes escolares no fim do ano. As aulas serão realizadas de forma remota e assíncrona, ou seja, sem necessidade de interação simultânea entre professores e alunos.

Novo calendário definido pelo Consepe

  • 10 de dezembro: retorno das aulas remotas
  • 10 a 16 de dezembro: revisão da primeira unidade
  • 20 de dezembro: fim da primeira unidade
  • 22 a 31 de dezembro: recesso natalino
  • 2 a 31 de janeiro: férias coletivas
  • 2 de fevereiro: retomada presencial e início da segunda unidade
  • 18 de abril: fim do semestre 2025.2
  • 18 de maio: início do semestre 2026.1

Proposta do DCE

O Diretório Central dos Estudantes solicitou ao Consepe a análise de uma redução do calendário, que será discutida na próxima semana. A medida busca evitar sobrecarga acadêmica e garantir maior equilíbrio entre reposições e novos conteúdos.

Direito excepcional de trancamento

Foi definido que os alunos poderão, de forma excepcional, realizar o trancamento do período letivo a qualquer momento, sem prejuízo jurídico ou acadêmico.

Contexto da greve

As aulas estavam suspensas desde 22 de setembro, quando os professores iniciaram greve. O movimento foi encerrado em 5 de dezembro, após assembleia da Associação dos Docentes da UEPB (Aduepb).

Na ocasião, em assembleia geral, a categoria aprovou a proposta do governo estadual para o pagamento do retroativo das progressões funcionais, mesmo com deságio de 40% e parcelamento em 20 meses, a partir de janeiro de 2026. Cada docente poderá optar individualmente por aderir ou não ao acordo.

Por 85 votos a favor, 36 contrários e 9 abstenções, a proposta foi aprovada, mas com a ressalva de que cada professor tem o direito de recorrer à Justiça caso não aceite o deságio e queira receber o retroativo integral.

Já na votação sobre a continuidade da paralisação, 77 votos foram pelo término da greve, contra 46 pela manutenção e 4 abstenções. A decisão encerra quase três meses de paralisação.

Entre as reivindicações estavam:
• Reposição das perdas salariais acumuladas em 22,97% nos últimos quatro anos;
• Recomposição do orçamento da universidade para 2026;
• Discussão da Lei de Autonomia (Nº 7643/2004);
• Realização de novos concursos para docentes efetivos;
• Convocação de aprovados em cadastro de reserva;
• Instalação de mesa tripartite de negociação;
• Pagamento do retroativo das progressões funcionais.

(Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução arquivo Ascom UEPB)

Confira a íntegra da reunião do Consepe:

Topo
Verified by MonsterInsights