Ranking da Elsevier e Stanford reconhece excelência científica da universidade paraibana em diversas áreas

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) teve 20 pesquisadores incluídos no ranking dos 2% mais influentes do mundo, segundo levantamento da editora científica Elsevier em parceria com a Universidade de Stanford (EUA). A lista, baseada em dados de 2024, considera o impacto das citações acadêmicas e destaca a relevância internacional da produção científica da instituição.

O ranking privilegia o impacto das citações em vez da quantidade de publicações, aplicando critérios como número de coautores e posição do pesquisador nos artigos. Entre os destaques está o professor Celso Santos, da Engenharia Civil, com mais de 7.500 citações no Google Scholar. “Esse reconhecimento é fruto de redes internacionais e da formação de pesquisadores qualificados”, afirmou.

As áreas com maior número de pesquisadores da UFPB na lista foram Física e Química, com sete nomes cada. Ciências Agrárias teve dois representantes, enquanto Biologia, Matemática e Estatística, Engenharia e Tecnologias Habilitadoras e Estratégicas tiveram um pesquisador cada.

Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação, Evandro Leite, também presente no ranking, o resultado “reflete a força coletiva dos nossos programas de pós-graduação, a qualidade dos nossos grupos de pesquisa e a visão institucional voltada à internacionalização e à inovação”.

Pesquisas reconhecidas com citações

O professor Mário Ugulino, diretor do Centro de Ciências Exatas e da Natureza (CCEN), destacou que “as pesquisas reconhecidas com as citações são feitas na UFPB e por pesquisadores vinculados à UFPB. Isso mostra a força do nosso programa”.

Evandro Leite complementa: “Alinhar a atuação científica com temas de relevância local e impacto global contribui para que os trabalhos sejam citados e utilizados como referência em diferentes partes do mundo”.

Já o pró-reitor de Pesquisa, José Roberto do Nascimento, ressaltou a tradição da pós-graduação em Física, com doutorado ativo desde 1980: “A atuação se traduz em publicações de alto impacto e ampla visibilidade global”.

Necessidade de critérios mais inclusivos

Apesar do reconhecimento, o ranking apresenta limitações. A base Scopus, utilizada na análise, sub-representa as ciências humanas e sociais, favorecendo áreas com maior densidade de citações em periódicos internacionais. “Não se pode concluir pelo ranking que as ciências exatas sejam mais importantes que as humanas”, alerta Ricardo Romão, coordenador geral de pesquisa da UFPB.

Essa observação é relevante para políticas públicas de fomento à pesquisa, pois destaca a necessidade de critérios mais inclusivos na avaliação do impacto científico, especialmente em contextos nacionais e em línguas não hegemônicas. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução Ascom UFPB | Angélica Gouveia)

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