Presidente do PL nega crime e cobra anistia em fala que repercute na imprensa nacional
A imprensa nacional segue repercutindo, nesta segunda-feira (15/09), as declarações do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que reconheceu publicamente que “houve um planejamento de golpe” no Brasil, mas negou que o movimento tenha configurado crime. Em fala polêmica, ele classificou os atos de 8 de janeiro de 2023 como “bagunça” e chamou os manifestantes de “um bando de pé de chinelo”.
As declarações foram feitas no sábado (13/09), durante painel no Rocas Festival, evento realizado em Itu (SP), com a presença de Gilberto Kassab (PSD) e mediação do deputado Tomé Abduch (Republicanos). Valdemar afirmou:
“Houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe efetivamente. No Brasil, a lei diz o seguinte: ‘se você planejar um assassinato, mas não fez nada, não tentou, não é crime’. O golpe não foi crime. O grande problema nosso é que teve aquela bagunça no 8 de Janeiro e o Supremo diz que aquilo foi golpe. Olha só, que absurdo, camarada com pedaço de pau, um bando de pé de chinelo quebrando lá na frente e eles falam que aquilo é golpe”.
A fala, conforme checagem da redação Click100, provocou reações entre aliados e opositores. Para interlocutores políticos, a admissão pública pode enfraquecer articulações pela aprovação do projeto de anistia, defendido por Valdemar como prioridade da direita no Congresso Nacional.
Durante o evento, o presidente do PL cobrou apoio de partidos como PSD e Republicanos à proposta de anistia, afirmando que PP e União Brasil já estariam alinhados. Ele também projetou que a direita deve eleger ao menos 45 senadores em 2026 e que apenas Bolsonaro, Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro teriam chances reais contra Lula.
“Esquece o Supremo, isso já acabou. Agora nós temos que resolver no Senado e Câmara e aprovar a anistia”, declarou.
A fala ocorre dias após a condenação de Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. Valdemar reforçou que o ex-presidente será o responsável por escolher o candidato e o vice da chapa da direita. (Foto de capa: reprodução redes sociais)
