Parlamentar já havia sido acusado por tentativa de homicídio e será ouvido em audiência de custódia
O vereador Wagner Lucindo de Souza (PSD), conhecido como Wagner de Bebê, foi preso na tarde desta quinta-feira (16/10) dentro da Câmara Municipal de Santa Rita (CMSR), na Região Metropolitana de João Pessoa. A prisão foi realizada pela Polícia Civil da Paraíba, que investiga o envolvimento do parlamentar em um homicídio ocorrido na última segunda-feira (13/10), no bairro de Bebelândia.
Durante a operação, os agentes apreenderam uma pistola, um revólver, 60 munições e aparelhos eletrônicos. Segundo a polícia, uma das armas não possuía registro, e Wagner não tem porte legal. O vereador alegou que apenas uma das armas seria de sua propriedade.
A prisão preventiva, segundo checou a redação Click100, foi decretada com base em indícios de participação no crime e na posse irregular de armamento. Wagner permanece detido na Central de Polícia Civil, em João Pessoa, e será submetido à audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (17/10).
Histórico de acusações
Esta não é a primeira vez que Wagner de Bebê enfrenta acusações criminais. Em 2016, ele foi denunciado por tentativa de homicídio, após efetuar três disparos contra um homem que sobreviveu graças à intervenção de policiais militares. O caso foi formalmente investigado, com registro hospitalar e depoimentos de testemunhas.
Na época, Wagner ainda não ocupava cargo público, mas o processo criminal seguiu os trâmites legais, incluindo oitiva do próprio acusado.
Defesa e repercussão
O advogado de defesa, Luiz Pereira, afirmou que não há justificativa legal para a prisão temporária. “Não tem qualquer relação que fundamente a prisão temporária. Ela é decretada para subsidiar a investigação, ou seja, para que a pessoa investigada não atrapalhe as etapas investigativas”, declarou.
A Câmara Municipal confirmou o cumprimento do mandado de busca e apreensão no gabinete do vereador.
Audiência de custódia
O caso segue sob investigação da Polícia Civil da Paraíba, que busca esclarecer a motivação e o grau de envolvimento do vereador no crime. A audiência de custódia poderá definir se Wagner responderá em liberdade ou permanecerá detido. (Texto: redação Click100 / Imagem de capa: reprodução Ascom CMSR)